Consumidores encontram combustível mais barato em Belém

Preços mais baixos de combustíveis começaram a ser percebidos nos postos da Região Metropolitana de Belém. Na cidade de Ananindeua, alguns estabelecimentos já vendem a gasolina comum por menos de R$ 4, embora, oficialmente, o valor estabelecido pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) seja de R$ 4,59.

Apesar de não realizar levantamento de preços, o Sindicato dos Combustíveis afirmou que a redução ocorreu por conta de quedas na própria distribuidora. No site da Petrobras, a informação é de que a gasolina bruta é comercializada pela refinaria por R$ 1,53, enquanto o óleo diesel custa R$ 1,97.

A estudante universitária Tereza Souto, de 21 anos, é uma consumidora que já sentiu melhoras no bolso em 2019. Ela mora no município de Marituba, na Grande Belém, mas estuda em uma faculdade da capital - realiza esse percurso diariamente de carro. Segundo ela, nas últimas semanas, foi perceptível a queda de preços.

"Diminuiu bastante, já pude sentir. Depende de cada posto, mas onde eu abasteço, no caminho de volta da faculdade, é mais barato", garantiu. A estudante disse, no entanto, que nem sempre preza pelo valor, mas pela qualidade do produto. "Uma forma que encontro de economizar é enchendo o tanque, porque assim rende. Mas às vezes o barato pode sair caro. Não adianta abastecer em postos muito mais em conta, porque não são confiáveis", opinou.

Outro consumidor que já percebeu os preços mais baixos de combustíveis na Grande Belém foi Adonai Oliveira, 46 anos. O motorista transita todos os dias pelas principais avenidas e ruas da Região Metropolitana, e sempre fica atento aos valores do óleo diesel. "Já percebi que, por onde ando, está mais barato", pontuou.

Conforme explicado pelo advogado do sindicato, Pietro Gasparetto, não é possível prever se os produtos continuarão em queda, porque o preço do combustível vendido no Brasil depende de fatores externos, como o valor do petróleo no mercado internacional e o preço do dólar, já que os barris são vendidos com base na moeda americana.

O especialista ainda orientou que, apesar do preço definido pela distribuidora, cada estabelecimento pode definir seu próprio valor. Portanto, "a população não pode denunciar postos que não vendam combustíveis de acordo com o valor estabelecido pela ANP", disse.

"Não existe qualquer obrigatoriedade para redução de preços. A formação de valores no mercado da revenda de combustíveis é livre, cabendo a cada agente econômico estabelecer seus preços de venda e margens de comercialização em cenário de livre concorrência", informou Gasparetto. "Desta forma, não deve haver fiscalização que busque fixar preços ou determinar reduções".

Até o momento da reportagem, não havia pesquisas recentes sobre o valor médio do litro de combustível vendido na capital paraense e arredores, mas O LIBERAL constatou, por meio de pesquisa própria em estabelecimentos no centro da cidade, que os motoristas podem encontrar, em Belém, gasolina custando, em média R$ 4,19.