Borderline: entenda o que é o transtorno que afeta a integrante Raissa, do reality 'A Fazenda'

O termo foi um dos mais buscados na internet nos últimos dias após a peoa ter uma crise durante o programa

Tainá Cavalcante

O termo 'Síndrome de Borderline' ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter na última terça-feira (15), após a Raissa, participante da "Fazenda 12", ter uma crise ao receber oito votos para ir à 'roça', o que significava que ela poderia ser eliminada do programa pela votação do público. A modelo, que possui o diagnóstico do transtorno, perdeu o controle de suas emoções, brigou com os outros competidores e chegou a jogar água em um deles. Entre as expressões que ela usava, a frase "não consigo me controlar" foi uma das mais frequentes. Ela precisou ser acalmada por outras integrantes do reality, que conseguiram segurá-la e contornar a situação.

Dentro da casa, sem conhecimento de que a participante sofre do transtorno, muitos julgaram a atitude da competidora, tratando-a como histérica, impulsiva e sem controle. Fora dela, entretanto, um longo debate se iniciou: os internautas recuperaram uma antiga entrevista de Raissa, na qual ela aborda os desafios de conviver com o transtorno. Daí surgiu a identificação: a peoa, na verdade, estava tendo uma crise dentro da casa - e não um simples 'chilique' pelo resultado dos votos. Confira alguns comentários:

 

 

 

 

AFINAL, O QUE É A SÍNDROME?

A síndrome de Borderline ou transtorno de personalidade emocionalmente instável é uma doença no qual a pessoa tem uma personalidade que é disfuncional, apresenta prejuízos importantes no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida, envolvendo também aspectos comportamentais. 

Os primeiros sintomas costumam surgir a partir da adolescência ou início da fase adulta, é persistente e atinge mais mulheres do que homens. Há, também, grande associação com o fator genético. Geralmente, parentes de primeiro grau são cinco vezes mais propensos a desenvolver o transtorno.

SINTOMAS

Os sintomas mais comuns são:

- Instabilidade nos relacionamentos;
- Sensação de intenso "vazio", muitas vezes confundido com tristeza, mas nem sempre enquadrado em um transtorno depressivo;
- Instabilidade emocional, com flutuações de humor como tristeza, irritabilidade, ansiedade e raiva;
- Medo de abandono;
- Problemas em relação à autoimagem;
- Dificuldade de controlar impulsos;
- Comportamentos de risco, como uso de substâncias, automutilação e tentativas de suicídio.

TRATAMENTO

O paciente com Borderline precisa de acompanhamento frequente e constante. É necessário tratamento especializado com psicoterapia e, dependendo da gravidade de cada caso, com psiquiatra também, podendo gaver a necessidade de medicações psicotrópicas.

O suporte familiar também é essencial, principalmente nos momentos de crise. Medidas que visam melhorar a qualidade de vida do paciente também são muito importantes, como atividade física, lazer e alimentação saudável.

CRISES

Diversos fatores podem desencadear uma crise do transtorno de Borderline, como por exemplo:

- Ameaças ou perdas/abandono nos relacionamentos;
- Frustrações no geral;
- Conflitos familiares e em relacionamentos sociais e conjugais;
- Distúrbios da autoimagem.

COMO IDENTIFICAR AS CRISES 

Identificar as crises pode ser um processo complexo, já que o transtorno de instabilidade se apresenta de diversas formas e envolve vários aspectos da personalidade e do comportamento. Alguns sintomas, entretanto, são mais comuns e precisam de um alerta maior. São eles:

Ideações suicidas;
- Comportamentos de risco como automutilação, agressividade e excessos de raiva em relação a si mesmo e a terceiros;
- Presença de sintomas psicóticos;
- Crises de pânico;
- Ansiedade extrema.

COMO AJUDAR

Em casos de crise, o apoio social é uma das melhores atitudes, ou seja, acolhimento e empatia precisam ser oferecidos a quem está em crise, visto que, na maior parte dos casos, essas pessoas se sentem desamparadas.

É de extrema importância, além disso, incentivar a procura de ajuda profissional o quanto antes. Dessa maneira, de acordo com a médica psiquiatra Sofia Cunha, "o paciente aprenderá a lidar com as crises e evitar que novas aconteçam".

 

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