UE pede a G20 US$ 5 bi para compra e distribuição de vacinas para países pobres

O surto voltou a se agravar recentemente no Hemisfério Norte, principalmente nos países europeus e nos Estados Unidos

Agência Estado

A União Europeia (UE) pediu hoje durante reunião de cúpula do grupo das 20 maiores economias do globo (G20) que o organismo multilateral disponibilizasse um montante de quase US$ 5 bilhões para ajudar os países de mais baixa renda a comprarem e distribuírem vacinas, assim como medicamentos e testes contra a covid-19. De acordo com uma fonte que acompanha a reunião, está claro que mesmo que os países mais ricos consigam ser os primeiros a se proteger contra a pandemia, ninguém estará a salvo no mundo se as medidas de cura e medicação não forem disseminadas por todo o planeta para erradicar ou pelo menos controlar o vírus.

O surto voltou a se agravar recentemente no Hemisfério Norte, principalmente nos países europeus e nos Estados Unidos, onde medidas restritivas à mobilidade voltaram a ser determinadas pelos governos. Por causa do coronavírus, o evento este ano, que é presidido pela Arábia Saudita, ocorre de forma virtual. No discurso de abertura, o rei Salman bin Abdulaziz, disse que o grupo estava otimista com o desenvolvimento das vacinas, mas que era preciso torna-las acessíveis a todos.

Além disso, o rei ressaltou que todos deveriam estar preparados para outras possíveis pandemias. Este é outro ponto que deve ser tocado pela UE, na reunião de amanhã, conforme informações que já correm nos bastidores do evento. O bloco comum desejaria que houvesse um tratado específico sobre como o G20 deve lidar com surtos como o atual no futuro. De forma geral, a empreitada europeia vem em linha com os discursos dos líderes sobre cooperação para enfrentar o maior mal pelo qual a humanidade passa atualmente.

Além de chefes de Estados e governos, o G20 reúne o primeiro escalão dos principais bancos centrais do mundo, assim como de organismos multilaterais, como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Organização Mundial de Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo.

Por causa dos efeitos da pandemia sobre a economia, o G20 já definiu um programa de suspensão do pagamento do serviço da dívida a países de baixa renda. Apesar de o tema ter sido muito debatido no encontro financeiro passado, principalmente entre UE, China e Estados Unidos, se chegou a um acordo de que a iniciativa será mantida até pelo menos junho do ano que vem. A expectativa já dada como certa é a de que os líderes agora reforcem esse compromisso acertado no G20 financeiro.

A partir de 1º de dezembro, a presidência rotativa do grupo será transferida para a Itália, país que já sofria de alto endividamento e era pressionada pelos seus pares europeus antes do início da covid-19. Agora, o governo da Itália será o responsável por coordenar ações para ajudar administrações de países pobres, que sofrem com a falta de direção na área fiscal.

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