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Pompeo defende liberação de canadenses após prisão de executiva da Huawei

"A detenção ilegal de dois cidadãos canadenses é inaceitável", disse secretário de Estado

Reuters
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O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse nesta sexta-feira (14) que a China deveria libertar dois cidadãos canadenses que foram detidos essa semana depois que autoridades do Canadá prenderam uma executiva senior da Huawei a partir de um mandado de extradição dos EUA.

Os comentários de Pompeo foram os primeiros de uma alta autoridade dos EUA sobre as prisões, que o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau disse que poderiam escalar um crescente conflito comercial entre a China e os Estados Unidos.

"A detenção ilegal de dois cidadãos canadenses é inaceitável", disse Pompeo a repórteres depois de se reunir em Washington com a ministra canadense de Relações Exteriores, Chrystia Freeland. "Eles devem retornar... nós pedimos que todas as nações do mundo tratem outros cidadãos corretamente."

Autoridades canadenses foram autorizadas a ter um contato consular com um dos dois detidos na China nesta sexta-feira, e ainda estão tentando contatar o segundo, disse o Ministério das Relações Exteriores.

A China deteve os dois --o empresário Michael Spavor e o ex-diplomata Michael Kovrig, assessor do International Crisis Group -- depois que a polícia canadense prendeu a CFO da HuaweiTechnologies Co Ltd's [HWT.UL], Meng Wanzhou, no dia 1º de dezembro.

Procuradores dos EUA acusam Meng de enganar bancos multinacionais sobre operações ligadas ao Irã, colocando as instituições sob o risco de violarem sanções dos EUA. Meng, que é filha do fundador da Huawei, disse que é inocente.

Complicando potencialmente o caso, o presidente Donald Trump fez comentários nesta semana que especialistas jurídicos dizem que prejudica o pedido dos EUA para extradição.

Indagada sobre os comentários, Freeland disse: "nós todos concordamos que a coisa mais importante que nós podemos fazer é apoiar o império da lei, garantir que o direito da srta. Meng ao devido processo legal seja respeitado e que o atual processo judicial no Canadá permaneça apolítico."

Trudeau, em seus comentários mais fortes sobre o assunto até agora, disse que a detenção dos dois homens pela China era "inaceitável".

A China rejeita a insistência de Trudeau de que o governo não pode interferir no Judiciário. Meng foi libertada sob fiança nesta semana, mas precisa permanecer no Canadá.

"Essa é uma das situações em que você entra quando as duas maiores economias do mundo, China e os Estados Unidos, começam a puxar briga um com o outro", disse Trudeau à City TV.

"A escalada da guerra comercial entre os dois terá todo tipo de consequências imprevistas para o Canadá, potencialmente sobre toda a economia global. Nós estamos muito preocupados com isso", disse ele.

Lu Shaye, embaixador da China no Canadá, falou nesta sexta-feira que as perspectivas para aprofundamento dos laços empresariais eram boas, apesar da disputa. Ele preferiu não comentar, quando indagado por repórteres, sobre os comentários de Trudeau.

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