Médicos suíços pedem que pessoas vulneráveis à Covid declarem desejos de tratamento

Com sistemas de saúde pressionados pelo aumento nas taxas de infecção, profissionais médicos que trabalham com recursos limitados

Reuters

Médicos suíços fizeram um apelo para que as pessoas vulneráveis a complicações da Covid-19 registrem seus desejos de cuidados no fim da vida com antecedência para ajudar a aliviar a pressão sobre as unidades de terapia intensiva, atraindo críticas de um grupo ativista.

A Pro Senectute Schweiz, uma organização para idosos, disse que o pedido dos médicos foi prematuro e excessivo, mas os médicos insistem que tais declarações são necessárias na dolorosa realidade de cuidar de pacientes graves durante esta pandemia.

Com sistemas de saúde pressionados pelo aumento nas taxas de infecção, profissionais médicos que trabalham com recursos limitados e espaço finito em UTIs podem às vezes enfrentar dilemas agonizantes. Questões éticas sobre o tratamento de pacientes com Covid-19 geraram uma revisão de procedimentos pelo governo no Reino Unido e uma disputa judicial na Alemanha.

Advertindo que a Suíça está com poucos leitos de terapia intensiva, a Sociedade Suíça de Medicina Intensiva (SGI) convocou esta semana os "especialmente ameaçados", incluindo pessoas com mais de 60 anos, ou com problemas de saúde como doenças cardíacas e diabetes, para colocar seus desejos no papel, para o caso de o pior acontecer.

“Isso apoiará seus próprios familiares, mas também as equipes das UTIs, pois elas tomam decisões para que o tratamento seja feito da melhor maneira possível de acordo com os desejos de cada paciente”, afirmou a SGI em nota.

A Pro Senectute Schweiz disse que o apelo da SGI cria uma impressão de urgência inadequada para uma decisão que exige consideração profunda. "O apelo da SGI ... ocorre no contexto de uma situação de emergência absoluta na qual a Suíça ainda não se encontra", declarou o grupo.

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