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México diz que Brasil e outros países latinos podem dividir fardo da imigração aos EUA

Acordo evitou a imposição de tarifas sobre as importações de todos os bens mexicanos

Reuters
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O México e os Estados Unidos podem cogitar ações adicionais no mês que vem para restringirem a imigração ilegal saída da América Central, incluindo medidas para envolver Brasil e Panamá em esforços para combater o problema, disse o ministro das Relações Exteriores mexicano nesta segunda-feira (10).

O chanceler Marcelo Ebrard disse que as medidas podem ser necessárias se um acordo entre Washington e o México, anunciado na semana passada, não conseguir reduzir em 45 dias o número de imigrantes, a maioria centro-americanos, entrando no México rumo à fronteira dos EUA.

O acordo evitou a imposição de tarifas sobre as importações de todos os bens mexicanos, algo que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou fazer a menos que o México trabalhe mais para deter a imigração ilegal com destino ao seu país.

Pelo acordo, o México expandirá rapidamente um programa por meio do qual os imigrantes que solicitaram asilo nos EUA aguardam o processo no México. O país também prometeu reforçar sua fronteira sul com a Guatemala com seis mil membros da força policial militarizada da Guarda Nacional, além de outras medidas.

Mercados de ações de todo o mundo subiram nesta segunda-feira, e os preços de títulos do Tesouro norte-americano caíram, depois que Washington engavetou o plano de tarifas, amenizando os temores do impacto de outra guerra comercial na economia global.

Mas ainda nesta segunda-feira Trump disse que levará as tarifas propostas adiante se o Congresso mexicano não aprovar uma parte ainda não revelada do acordo que os EUA pleiteiam há muito tempo.

"Não prevemos um problema na votação mas, se por alguma razão, a aprovação não estiver próxima, as tarifas serão reinstauradas", escreveu ele no Twitter.

Ebrard disse que Trump se referiu a possíveis medidas adicionais para pressionar outros países que não os EUA para que estes dividam o fardo.

Autoridades de fronteira dos EUA apreenderam mais de 132 mil pessoas cruzando do México em maio, a maior cifra mensal desde 2006.

Muitos dos imigrantes são famílias tentando fugir da pobreza e de crimes violentos na América Central, uma das áreas mais empobrecidas do Hemisfério Ocidental.

Ebrard disse que outros países latino-americanos também precisam dividir o fardo de deter grandes grupos de imigrantes que seguem para o norte.

"Se as medidas que estamos propondo não tiverem sucesso, temos que discutir com os Estados Unidos e com outros países, como Guatemala, Panamá e Brasil", disse. "É um sistema regional."

Imigrantes de países africanos voam com frequência ao Brasil para depois fazerem a árdua jornada rumo ao norte.

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