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Ex-coroinha alega que foi estuprado mais de mil vezes quando vivia em orfanato católico

Vítima, hoje com 63 anos, acusa freiras de serem 'cafetinas' para aliciar crianças para padres

Com informações do jornal New York Post

Um homem e ex-coroinha, vítima de estupro quando criança, acusou freiras em um orfanato católico na Alemanha de aliciar órfãos para padres, políticos e outros homens ricos, segundo reportagem publicada no jornal americano New York Post no final de dezembro.

A vítima, agora com 63 anos, permanece anônima, apesar de ter lutado e vencido uma batalha judicial por indenização pelos abusos que sofreu.

Os crimes teriam começado em março de 1963, quando tinha apenas 5 anos. O homem, que luta contra o transtorno de estresse pós-traumático e a depressão desde então, recebeu um total de 25 mil euros (o equivalente a R$ 133 mil) em tribunais alemães devido a alegações de que ele foi estuprado mais de mil vezes. Ele também afirmou que não era a única vítima.

O caso só foi abordado em público pela primeira vez recentemente, quando o bispo alemão de Speyer, Karl-Heinz Wiesemann, falou sobre o ex-oficial da diocese Rudolf Motzenbäcker, que foi citado como um dos agressores no caso. Motzenbäcker morreu em 1998.

"Freiras eram cafetinas"

O homem detalhou como funcionava o esquema de abusos para a revista alemã Der Spiegel. Ele afirma que, como parte de sua disciplina espiritual, era espancando e "literalmente arrastado" por freiras para a casa de Motzenbäcker, onde era rotineiramente abusado sexualmente.

O ex-coroinha da Catedral de Speyer também diz que foi retirado do orfanato para aparecer em “festas de sexo”, facilitadas por freiras em nome do clérigo e da elite local. “As freiras eram cafetinas”, disse ele em depoimento no tribunal.

“Havia uma sala onde as freiras serviam bebidas e comida aos homens e, no outro canto, as crianças eram estupradas”, citam os autos do tribunal, de acordo com a agência de notícias alemã KNA. “As freiras ganhavam dinheiro. Os homens doavam generosamente”, completou.

Durante o depoimento, a vítima detalhou o sofrimento: “Às vezes, eu voltava correndo para casa com roupas sujas de sangue, o sangue escorria pelas minhas pernas”.

Ele deixou o orfanato em setembro de 1972. O local em Speyer foi fechado em 2000.

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