Em meio ao aumento de casos de Covid, moradores de Cuba realizam os maiores protestos em décadas

Manifestantes gritavam "liberdade" e "abaixo a ditadura"

O Liberal

Em meio ao agravamento da pandemia de Covid-19, meses de restrições e o que afirmam ser negligência das autoridades, milhares de cubanos saíram às ruas no último domingo (11), gritando "liberdade" e "abaixo a ditadura", em um dos maiores protestos realizados em Cuba, nos últimos 60 anos. As informações são do G1, portal IG e BBC News.

As manifestações foram transmitidas ao vivo pelos próprios manifestantes. Ela começaram na cidade de San Antonio de los Baños, a sudoeste de Havana, e se espalharam para outras cidades, de Santiago de Cuba, no leste, até Pinar del Río, no oeste.

"Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, a tomarem as ruas e irem aos lugares onde essas provocações acontecerão", disse, em mensagem transmitida em todas as redes de rádio e televisão, o presidente Miguel Díaz-Canel, convocando os apoiadores do governo que saíssem às ruas para enfrentar os manifestantes, logo após o início dos protestos.

Ele culpou os Estados Unidos pelos protestos e afirmou que haverá uma "resposta revolucionária". “Estamos dispostos a dar a vida. Vão precisar passar por cima de nossos cadáveres se querem enfrentar a revolução. Estamos dispostos a tudo”, declarou o presidente.

No entanto, a adesão de manifestantes se estendeu espontaneamente por várias cidades e fez o presidente correr para San Antonio de los Baños, a 26 quilômetros de Havana, um dos focos da revolta de domingo, a fim de mobilizar partidários.

“Acabou o medo”, declarou Erika Guevara-Rosas, diretora da Anistia Internacional para as Américas, ao notificar, pelo Twitter, o “incrível e poderoso protesto espontâneo em Cuba”.

Em três anos no comando da ilha caribenha, Díaz-Canel abriu o acesso à internet, mas agora enfrenta seu teste desafiador: o de conter a frustração popular que se propaga na velocidade das redes sociais.

O regime tem reprimido as ações de artistas e jornalistas, tachados de agentes a serviço dos EUA, com prisões arbitrárias e apagões da internet.

O estopim para a manifestação deste domingo foi a grave escassez e miséria sofrida pelos habitantes da ilha, agravadas pelos efeitos da pandemia de covid-19. 

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