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Dissidente respira sem aparelhos e promete que voltará à Rússia

De acordo com o hospital Charite, de Berlim, Navalni poderá abandonar por completo a respiração artificial em breve

Agencia Estado
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O líder da oposição russa, Alexei Navalni, afirmou ontem que já consegue respirar sem a ajuda de aparelhos. A declaração foi feita pelas redes sociais, no primeiro pronunciamento dele desde que foi internado, em agosto, após ser supostamente vítima de envenenamento durante uma viagem à Sibéria.

O líder opositor publicou no Instagram fotos ao lado da mulher e sentado na cama do hospital em Berlim, onde segue internado. Navalni disse sentir falta dos seus seguidores - ele tem ao menos 1,7 milhão só no Instagram - e contou um pouco sobre sua recuperação. "Ontem, eu consegui respirar sozinho o dia todo", disse. E completou: "Gostei muito, é um procedimento subestimado por muitos. Eu recomendo", disse.

De acordo com o hospital Charite, de Berlim, Navalni poderá abandonar por completo a respiração artificial em breve, apontando o progresso na recuperação do líder opositor, que deixou o coma induzido na semana passada - ele ficou internado dois dias na Rússia antes de a família pedir sua transferência para a Alemanha.

O hospital alemão diz que o russo foi envenenado pela substância novichok - um agente neurotóxico desenvolvido na União Soviética entre as décadas de 1970 e 1980. A informação foi confirmada em duas análises de laboratórios da França e da Suécia ontem. O uso do novichok levantou suspeita de uma ação do Kremlin para se livrar do opositor.

Também ontem, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, pediu novamente às autoridades alemãs que enviassem o prontuário médico de Navalni e disse que seu país está "disposto a cooperar" no caso. Em uma ligação com seu equivalente alemão, Heiko Maas, ele também disse que não queria que o envenenamento do mais ferrenho oponente do Kremlin "se tornasse ainda mais politizado". A procuradoria alemã, porém, já indicou que o dossiê médico do positor só pode ser enviado à Rússia com a autorização do paciente.

Segundo o The New York Times, Navalni pretende voltar à Rússia para "continuar sua missão", segundo ele teria contado a um procurador alemão. O procurador, que preferiu manter o anonimato, destacou que o russo mostrou estar bem. "Ele não planeja ficar exilado na Alemanha. Ele quer voltar para casa e continuar a sua missão", disse. A informação foi confirmada por um porta-voz de Navalni logo em seguida.

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