Contra cortes na saúde e educação, manifestantes põem fogo no Congresso na Guatemala
Atos na Cidade da Guatemala marcaram o sábado no país
Cerca de 7 mil pessoas se reuniram pela saída do presidente Alejandro Giammattei e contra os cortes nos gastos de saúde e educação da Guatemala no sábado (21). Durante a maior parte do tempo, os protestos seguiram pacificamente, mas houve confronto quando um grupo de manifestantes incendiou o Congresso do país.
Os manifestantes entraram no prédio do Congresso e invadiram escritórios. Por ser um sábado, todos estavam vazios. Alguns colocaram fogo nas salas. Não há informação sobre feridos.
GUATEMALA 🇬🇹🇬🇹
— O Latinoscópio (@olatinoscopio) November 22, 2020
Hoje manifestantes atearam fogo no Congresso que foi tomado por protestos pela aprovação do Orçamento de 2021. Proposta reduz fundos de Educação e Saúde e fez o vice-presidente, Guillermo Castillo, sugerir renúncia conjunta com o presidente.pic.twitter.com/gv7pl24vnG
O presidente Giammattei pediu o fim dos protestos violentos. "Reitero o direito de se manifestar conforme a lei. Mas não podemos permitir que se vandalize a propriedade pública ou privada", disse. "Quando se comprovar a participação nesses delitos, todo o peso da lei cairá [a essas pessoas]", completou.
Alguns dos manifestantes levou bandeiras do país e muitas pessoas estavam usando máscaras como medida para conter o novo coronavírus.
Na Guatemala colocaram uma guilhotina na porta do congresso, uma boa pressão nunca é demais, eu tô dentro pic.twitter.com/9Y7mI1doE0
— Kiko Hidroxicloroquina 🇧🇷▲ (@kikojones28) November 22, 2020
Com apoio da liderança da Igreja Católica na Guatemala, manifestantes protestam contra o orçamento aprovado pelo Congresso. De maioria governista, o Congresso estabeleceu cortes em áreas-chave como saúde, educação e acesso aos direitos humanos.
A oposição ao presidente alega que não teve acesso ao projeto. Para ativistas, a proposta gerará ainda mais desigualdade.
O vice-presidente da Guatemala, Guillermo Castillo, sugeriu na sexta-feira (20) que ele e Giammattei renunciassem ao cargo. O presidente nega.
O conservador Alejandro Giammattei foi eleito em agosto de 2019 com quase 60% dos votos no segundo turno.
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