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Apesar da tecnologia, geração Y latina tem pouca habilidade matemática

Estudo mostra também que jovens têm boa autoestima e ficam pouco tempo no emprego

Reuters
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Cerca de 40 por cento da chamada geração Y ou “millennial” da América Latina não consegue realizar cálculos matemáticos básicos, e uma parte considerável apresenta defasagem em suas habilidades cognitivas, apesar de sua capacidade elevada para se adaptar a novas tecnologias, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira.

A investigação fomentada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) entrevistou 15 mil jovens de idades entre 15 e 24 anos em nove países da região: Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Haiti, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

Os resultados foram díspares e marcados pelo acesso desigual a anos de escolaridade, as condições de segurança frágeis em países como El Salvador ou México e os índices de paternidade adolescente.

Mesmo assim o relatório destacou que os “millennials” têm um desempenho notável no uso de tecnologias e contam com capacidades socioemocionais desenvolvidas, como uma autoestima sólida e confiança no futuro, que se mostram essenciais para sua inserção no mercado de trabalho.

"A análise confirma o atraso em habilidades cognitivas dos jovens da região (...) independentemente de sua situação trabalhista e educativa", concluiu a investigação apresentada pelo centro de estudos Espacio Público.

Existem poucas investigações sobre os desafios trabalhistas que a geração Y enfrenta na América Latina, onde a população na faixa entre 15 e 24 anos se manterá acima de 107 milhões de pessoas neste ano, de acordo com dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

"Este relatório deveria ser chave para o desenvolvimento de políticas públicas na América Latina, deveria ajudar a instaurar o diálogo", disse Mauricio Duce, presidente-executivo do Espacio Público, que tem sede em Santiago.

O estudo revelou que cerca de 21 por cento dos “millennials” trabalham e que cerca de 41 por cento estudam, mas que cerca de 21 por cento pertencem ao grupo de jovens que nem estudam nem trabalham.

Existem cerca de 20 milhões de "nem-nem" na região e, contrariamente ao estereótipo, a investigação apontou que o grupo – formado majoritariamente por mulheres – se dedica a atividades produtivas, como trabalhos domésticos ou cuidado de familiares.

Apesar disso, o estudo indicou que cerca de 70 por cento dos jovens com emprego são parte do mercado de trabalho informal e que, em média, permanecem apenas um ano em um trabalho com carteira assinada.

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