Torcedor do Remo guarda memorias de ida ao estádio com o seu pai

É meio difícil de lembrar quando, de fato, essa paixão começou, pois desde que era muito pequeno meu pai já me levava ao Mangueirão e eu deveria ter uns 4/5 anos. Então não é exagero dizer que desde que me entendo por gente vivo essa paixão. 

Ir ao estádio aos domingos era uma festa só. Via a feição do meu pai com um sorriso de orelha a orelha, coisa que o trabalho dele nos dias de semana não fazia. Quando saíamos de casa e pegávamos o ônibus, já dava para sentir a emoção do jogo mesmo muitas horas antes, até mesmo porque sempre estava lotado de pessoas vestindo as camisas do Remo, com bandeiras e aquele clima de pré-jogo.

Quando nos aproximávamos do estádio a minha euforia de ver o Remo jogar era multiplicada por milhões, uma vez que ao olhar para fora do ônibus e observar aquela imensidão de pessoas com blusas azul marinho ou brancas chegando no estádio só confirmavam: Foi amor à primeira vista, logo no contato com o famoso e tradicional Fenômeno Azul.

Mas, se fosse pra ter um grande primeiro marco na minha trajetória de amor ao clube, ele aconteceu quando eu tinha por volta de 9 anos e estava no mangueirão. O Remo ganhou do novo Hamburgo de 2x1 e, meio sem entender a situação, quando ecoaram os grito de campeão pelo estádio naquela imensa festa de todo mundo se abraçando, pulando, chorando e quando meu pai me abraçou e gritou "É CAAAAMPEÃO!!", foi um dos melhores dias da minha vida, foi o arrepio, a alegria e a sensação de euforia que eu jamais vou esquecer.

Naquele instante foi quando caiu a ficha de algo que hoje é óbvio pra mim, meu amor ao Clube do Remo foi, é e sempre será eterno.