Perfil do novo treinador do Remo está definido: 'Time precisa jogar pra frente', diz presidente

A demissão do treinador Eudes Pedro deixou vaga a cadeira de comandante do Clube do Remo para a temporada 2020. Definir o treinador é um ponto chave no planejamento azulino já que o estilo do profissional norteará o time. 

Nas palavras do presidente do Clube do Remo, Fábio Bentes, o perfil do novo treinador precisa envolver a busca incessante ao ataque. "Entendo que precisamos de um treinador que faça esse time jogar, com características do Remo, jogar para frente e buscar o resultado", garantiu Bentes, em entrevista coletiva. 

A definição se baseia nas frustrantes tentativas de tornar o Remo competitivo do início ao fim da temporada 2019. Dos três treinadores, em alguns momentos, Márcio Fernandes e Eudes Pedro, seguiram a ordem de ter um Leão ofensivo - veja definição abaixo. O Remo conquistou o Campeonato Paraense, mas foi eliminado na Copa do Brasil, Série C e Copa Verde. 

Para 2020, o trabalho já iniciou, afinal, o clube sonda profissionais no mercado. A ideia da diretoria do clube é anunciar um executivo de futebol e um treinador até a primeira quinzena de novembro.

Os treinadores de 2019...

João Nasser - Estudioso, tinha o perfil de buscar o equilíbrio entre a defesa e o ataque. Com seu bom relacionamento extra-campo, também atuava como uma espécie de motivador a ponto de ter livrado o Remo de um rebaixamento iminente da Série C para a D em 2018. Seu trabalho foi interrompido, porém, em função da eliminação na Copa do Brasil para o inexpressivo Serra (ES) em que o Leão teve uma postura defensiva. Ainda conseguiu se segurar no cargo para o jogo seguinte, contudo, perdeu para o Paysandu por 3 a 0 em outro jogo em que o time escapou de ter levado mais gols.  

Márcio Fernandes - Encaixava-se nos moldes dos treinadores que se adaptam a estilo variáveis de jogo dependendo do momento do time. Seu trabalho no estádio do Baenão iniciou com um Remo que priorizava força e foi campeão paraense. Depois, já durante a Série C, em que contou com atletas mais ofensivos a partir do meio-campo, implantou um estilo de jogo em que a equipe priorizava o toque de bola e a velocidade. Foi o momento em que o Leão chegou a liderança do grupo B da Série C. Depois, Márcio tentou priorizar um jogo defensivo à medida que perdeu os jogadores versáteis no meio de campo. O último jogo azulino da Série C, o empate em 1 a 1 contra o Paysandu, teve um cenário: o Remo se defendendo e o Paysandu buscando o ataque. Essa situação incomodou a torcida.    

Eudes Pedro - Dirigiu o Remo em apenas quatro jogos - perdeu dois, venceu um e empatou um. Sua ideia era priorizar o posicionamento variável e o toque de bola no ataque, contudo, teve que lidar com um elenco já montado. Eudes obteve apenas um resultado expressivo que foi a goleada contra o Atlético-AC, pela Copa Verde. Diante do Paysandu, pelas semifinais da Copa Verde, a postura ofensiva do Leão surpreendeu, contudo, esbarrou na qualidade técnica e física dos atletas que não deram a resposta positiva durante os 90 minutos. O adversário remista venceu e Eudes Pedro não resistiu a pressão interna por resultados imediatos, sendo demitido.