'Comprei o barulho e as dores', dispara presidente do Remo sobre polêmica com Paysandu

Fábio Bentes conversou com a reportagem, também falou sobre o projeto de iluminação do Baenão e premiação extra caso equipe se classifique

Nilson Cortinhas
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Nos últimos dias, o presidente do Remo, Fábio Bentes, abandonou a figura do politicamente correto. Ele posou para fotos com uma imagem de Leandro Vuaden - o árbitro que protagonizou o pênalti inexistente e tirou o acesso do Paysandu no Campeonato Brasileiro da Série C. Além disso, pisou no gramado do Baenão e chamou o rival de chorão.  
Fábio conversou com a reportagem, de forma exclusiva, após um treino do Leão que se preparou para o clássico deste domingo. E ficou no 'meio termo' - entre o politicamente correto e o politicamente incorreto. Na entrevista a seguir, o gestor também fala sobre o momento da temporada, as polêmicas contra o rival e o projeto de iluminação do estádio azulino.  

 

- Você se arrepende das polêmicas com o Paysandu, especificadamente, com o presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul?  

- Tiveram erros de parte a parte. A minha reação foi motivada por uma situação pós-eliminação do Remo do Brasileiro. O presidente Ricardo deu declarações falando da satisfação de ter ganhado o Remo, de ter eliminado. Disse numa rádio que ia ter bicho até para jogador do Remo. Isso me deixou chateado. Entendia que ele tava jogando para a torcida dele. E esperei o momento. Entendi que, aquele momento (após o jogo contra o Atlético-AC), era propício para fazer aquilo. Depois, ele deu declarações infelizes. E eu me excedi em algumas entrevistas. Eu compro o barulho, as dores. Entendo que, com relação a arbitragem, não é motivo para anulação de jogo. É motivo para punição de árbitro. Nós demos entrada em documento pedindo punição ao Dewson (que deixou de marcar um pênalti para o Remo no último clássico). Ele foi afastado do quadro Fifa. Se tem relação direta, não posso afirmar. Encaminhamos para a comissão de arbitragem, copiando a Federação, apresentando o lance. O próprio presidente do Paysandu admitiu que foi pênalti. Achei isso legal.  

 

- Você dividiu a readequação do Baenão em etapas. O que o torcedor quer saber é: o Remo jogará o Parazão de 2020 no Baenão? 

 - Joga. Temos Plano A e plano B para que isso se concretize. Nós já iniciamos (o projeto de iluminação), está sendo montado uma sub-estação, compramos o transformador. Já estamos trabalhando para viabilizar a segunda etapa, tem possibilidades. A terceira etapa envolve essa área de cabos e já estamos viabilizando com um parceiro do clube. A quarta etapa é a aquisição dos refletores. Se precisar da força do torcedor azulino, ele estará junto. Não posso cravar em qual jogo do Paraense. Mas jogaremos a noite no Baenão. 

 

- Fábio, estamos diante de um jogo que pode te levar para uma final da Copa Verde. Ou que pode encerrar a temporada. Estás preparado para lidar com toda essa emoção?  

- Estamos preparado para o melhor e para o pior cenário. O plano A é passar pelo Paysandu e seguir trabalhando. Sabemos da qualidade do time adversário, mas o Remo tem plenas condições de ganhar essa partida. Se isso não acontecer, temos um plano alternativo. 

 

- Ficou clara a tendência do treinador Eudes Pedro de barrar medalhões do time, como Eduardo Ramos. Zotti pode se tornar titular. Além disso, o lateral Rony pede passagem o que tiraria Cesinha da equipe titular. Como você avalia esse momento?  

- Eu trago treinador para que ele possa colocar os melhores no time. Ele vai ser cobrado pelo time que ele escalar e pelo resultado da partida. Não saímos satisfeitos com o empate (referindo-se ao último jogo). Tivemos erros e vamos procurar melhorar. Isso passa pela mudanças na equipe. Não sei se vai ser nas posições que você citou, mas esperamos melhorias.

 

- Incomoda o fato de não ganhar do Paysandu em 2019? Hoje é a última chance na temporada... 

- Entrei para ser presidente do Remo não com objetivo de ganhar do Paysandu. Entrei para ser presidente para arrumar a casa, manter em dia a folha, colocar em dia o profut. Claro que queríamos e tivemos um time competitivo, que foi campeão estadual. Na Série C, nós fizemos 27 pontos. Em outros anos, 27 pontos sempre classificava. Com relação a não ter ganhado um clássico, isso é conjuntural. Não me incomoda. Já ganhei em anos anteriores. Questões pontuais acabaram decidindo uma partida. Vou me prender a esse jogo agora. Precisamos ganhar agora. 

- Qual o valor da premiação caso o Remo elimine o rival hoje?  - Um bom bicho. Se eu dizer quanto é o bicho, eles (jogadores) vão ficar p... comigo (risos).

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