Através do Remo, Ana Flávia conheceu seu noivo e parceiro de estádio

Não me tornei remista, nasci remista e ser torcedora do rival não era opção.Nasci e cresci numa família 90% remista. Do lado paterno ninguém torce para o rival e materno tem uns gatos pingados que infelizmente perderam ir contra a maioria.

Minha primeira vez no estádio foi Remo e Bragantino, 1 a 0 para o Remo. Eu tinha uns oito anos e depois de várias promessas, meu pai finalmente me levou ao Baenão.

Cheguei vestida com a única camisa que tinha do Remo, ela era de mangas compridas que meu tio Alcir me deu mas, o sol forte de 10 horas da manhã, não tirou minha alegria de estar ali, mesmo sendo zuada por alguns adultos, pelo traje nada comum para um dia de verão. Meu pai dobrou as mangas até que ficasse o mais curto possível e curti cada segundo daquele dia.

Em 2015 marquei minha volta aos jogos e foi logo Remo e Operário, o jogo do acesso. Fui com meu tio Benedito. Ele é remista fanático e também é responsável pelo amor que tenho pelo clube, pois desde pequena via ele chegando em casa gritando “Leão” todo feliz depois dos jogos e aquilo me contagiava.

Então em 2016 com o Remo na série C conheci o Hugo num grupo de WhatsApp, no mesmo ano se tornou meu noivo e o tema do noivado não poderia ser outro além do Remo, com direito a bolo temático com casal de bonecos vestidos a caráter, cada um com uma camisa do mais querido.

Desde aí passei a ir em todos os jogos possíveis, até cometer algumas loucuras como gastar o dinheiro para pagar contas para comprar ingresso e “curar” minha própria garganta para não perder o jogo do dia seguinte. Hoje sou sócia proprietária do Clube, tenho um grupo chamado CR 114 anos de amor, fiz vários amigos que conheci através do Remo e tenho um noivo remista que é meu parceiro de bancada e da vida.

Ana Flávia Martins Moraes, 34 anos, Oceanógrafa