Remo: após um ano de gestão, presidente Fábio Bentes faz balanço da temporada

Na semana em que completou 365 dias à frente do Remo, o presidente Fábio Bentes bateu um papo com a equipe de esportes de OLiberal e falou sobre esse ano administrando o Leão Azul. Ele comentou sobre os desafios de comandar o clube em meio à pressão característica do Leão e com a missão de voltar à Série B do campeonato brasileiro após 12 anos de hiato.

Aos 42 anos, Fabio Bentes venceu o candidato à reeleição, Manoel Ribeiro, e também Marco Antônio Pina “Magnata”, nas eleições e fez questão de destacar a criação de força-tarefa para pagar as dívidas com poucos recursos.

"Foi um grande desafio, primeiro pela situação encontrada de débitos trabalhistas, pois um terço dos valores arrecadados em 2019 foi para pagamentos de dívidas na justiça do trabalho. O desafio era manter o clube funcionando e com as contas em dia em um cenário de deficiência", comentou.

ADMINISTRAÇÃO  

Diferente de outras gestões, Fábio Bentes conseguiu honrar os compromissos com funcionários, fornecedores e atletas, além da redução de dívidas: “Foi possível por conta de uma gestão administrativa e financeira. O controle de gastos, teto de investimentos em cada setor faz parte do processo de gestão. Pagamos dívidas trabalhistas e também cível, além de dívidas administrativas já registradas no clube. Isso interferiu na nossa capacidade de investimento e buscamos reduzir os valores para tornar possível administrar o Remo”, disse.

FUTEBOL

Com a bola rolando, o Remo conseguiu manter a hegemonia no estado, conquistando o bicampeonato do Parazão, mas eliminações precoces na Copa do Brasil para o Serra-ES, na Série C e na Copa Verde para o maior rival, deixaram o torcedor azulino com um “pé atrás”.

O futebol, porém, também trouxe de volta o sorriso aos remistas, que, depois de cinco anos, puderam prestigiar partidas oficiais no estádio Evandro Almeida, após reforma bancada pelo próprio torcedor com doações através do projeto Retorno do Rei em parceria com a diretoria.

“Fomos bicampeões estadual, tivemos uma boa campanha na Série C, mas por uma fatalidade ficamos de fora. Estivemos em 15 rodadas no G4 e por um ponto não nos classificamos. Chegamos às semifinais da Copa Verde, fato que nos últimos dois anos não havíamos conseguido. Foi um bom ano, mesmo com uma folha menor em relação às temporadas passadas, mas nada que não possa melhorar. Recebi o clube com apenas três jogadores, para 2020 vamos com uma base de 17 ou 18 atletas e isso já é um bom caminho andado para que possamos ter um ano melhor”, avaliou.

DIRETORIA DE FUTEBOL

Em 2019, o Remo apostou em uma renovação no departamento de futebol. Yan Fernandes, Paulo Mota Filho e Dirson Medeiros foram os escolhidos para comandar o futebol azulino e também viraram alvo para críticas por conta das eliminações. Para Bentes, o desempenho foi positivo, mesmo com o clube não conseguindo o acesso à Série B e o título inédito da Copa Verde.

“A diretoria teve um bom desempenho, foram o ‘meio’ da relação entre o executivo e o treinador e a presidência no dia a dia. Nós temos profissionais contratados para tocar as coisas e eles (diretores) são complementares no processo. Eles são importantes pois fazem esse elo, eu os acompanho e, dentro das nossas possibilidades, precisamos ter esse limite de folha para manter os salários em dia. Por isso, a avaliação é mais positiva do que negativa”, disse.