Zagueiro do Paysandu explica nova forma de jogar e aponta bom momento defensivo: 'Era o único quesito que faltava'

Com as intervenções precisas do goleiro Gabriel Leite, do Paysandu, em meio aos jogos contra o Paragominas e Itupiranga, o Paysandu alcançou um número importante na atual temporada: é a defesa menos vazada do Campeonato Paraense, com sete gols tomados em 10 jogos - dado que se agrega à melhor campanha do estadual, com o ataque mais positivo.

Titular na última partida bicolor, Wesley Matos revelou a satisfação com o aproveitamento. “Era o único quesito que faltava para sermos o melhor. Depois das tuas partidas (após o retorno do campeonato), conseguimos alcançar essa marca e fazer melhor”, frisou.

No entanto, os números defensivos podem ser frios e representar uma segurança não observada em campo, principalmente se considerarmos à quantidade de chances criadas pelos adversários. Contra o Itupiranga, por exemplo, antes de sair na frente do marcador, a equipe adversária teve duas chances cara a cara com o goleiro Gabriel Leite, do Papão. Veja: 

Explicação

A questão é que há uma formulação de um novo esquema tático, priorizando uma marcação alta. Wesley Matos comentou o assunto. “É a primeira vez que trabalho dessa forma, trabalhamos exaustivamente o treinamento com linha alta. Precisamos ter concentração e atenção. Creio que estamos nos adaptando e melhorando a cada jogo”, amenizou Wesley Matos.

Série C

A dúvida é se a comissão técnica de Hélio dos Anjos manterá essa forma de atuar no início da competição prioritária de 2020, que é a Série C. A estreia bicolor será contra o tradicional Santa Cruz-PE, vice-campeão pernambucano. Wesley discorda da avaliação que aponta certa fragilidade no esquema. “Não posso concordar com isso. É só avaliar os nossos números. É uma questão de adaptação”. “Creio que será um jogo complicado, é uma equipe experiente que sabe jogar a competição”, ressaltou Wesley, referindo-se ao Santa Cruz.

Os gols

Wesley Matos não apenas foi titular contra o Itupiranga, bem como marcou dois gols. Não é a primeira vez que isso ocorre na sua carreira. “Há sete anos com a camisa do Mogi Mirim, no Campeonato Paulista, fiz dois gols contra o Atlético Sorocaba”

Sem público

O fato da medida restritiva ao novo coronavírus não permitir a presença de público no estádio coloca em xeque uma questão histórica do futebol: o mando de campo. Como jogará na Curuzu, sem o apoio da sua torcida, o Paysandu vai ter que conviver com o problema. “O torcedor tem feito falta, mas a Curuzu é aonde treinamos todos os dias. Nos sentimos à vontade”, afirmou Wesley.