Torcedor do Paysandu, Lucas Dumont diz que ser bicolor não se explica
Lucas Dumont, 20 anos, estudante de Administração da UFPA
Nascer em Belém, onde se respira futebol em dois tons de azul, significa aprender a amar e vibrar com seu time desde o berço. Nasci em uma família totalmente bicolor, onde, com dois anos, eu já frequentava jogos do Paysandu.
Nessa idade, eu também entrava em campo com os jogadores. Destaco dois grandes jogos: a final da Copa dos Campeões de 2002, quando eu tinha quatro anos, e o histórico jogo contra o Boca Juniors, em Belém, em 2003.
Com o passar do tempo, a "payxão" falou mais alto, a ponto de viajar para outros estados para apoiar o Paysandu. Destaco o jogo contra o Vasco em São Januário, em 2016.
Aquele foi um jogo onde a torcida compareceu em peso, apoiou os 90 minutos, e saímos com a vitória. Foram mais de dois mil bicolores em estado de êxtase e eu nem sabia como reagir naquele momento.
Sair de Belém para ver uma vitória de 2 a 0 sobre um gigante do futebol nacional foi uma sensação incrível. Guardo com muito carinho as memórias daquele dia histórico.
Tento ao máximo levar a cor azul celeste onde posso. As pessoas estranham tanta camisa e sempre me perguntam quantas eu tenho. Quando digo que estou chegando a 100 camisas do Papão, me chamam de louco por ter toda essa coleção.
Essa "payxão" que começou com meu avô, passou para meu pai e, hoje, eu dou continuidade e pretendo passar para os filhos, pois ser bicolor não se explica. Ser bicolor se sente e se vive.
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