Torcedor do Paysandu evitava tirar notas baixas para ir aos jogo do Paysandu

Sou de uma família toda bicolor, ou seja, todos normais! Meu pai sempre me levou quando criança, antigamente os ingressos eram bem baratos, então sempre dava para ele me levar. Lembro que ele sempre me falava que se eu tirasse nota vermelha na escola, eu ficaria de castigo e ele não me levaria. “Tédoido mano” sempre dei meu jeito de tirar nota boa e não faltar aos jogos. 

Tenho 32 anos e desde os cinco frequento o estádio, ficava sempre pendurado no antigo alambrado, vi Maracanã, Balão e Zé Augusto, Oberdan, Robgol, tenho enraizado como um dos meus melhores momentos da vida ver aquele mangueirão lotado contra o Boca. Sempre vivenciei essa paixão de pertinho e nunca dei espaço para nenhum outro time no meu coração. Nada contra os mistos mas né.

Já fiz inúmeras loucuras: andava uns 6km por dia para economizar o dinheiro da passagem para ajudar meu pai à custear os ingressos na época da copa dos campeões e libertadores; Vendi Tv, relógios e objetos pessoais (fiz um mini brechó) para viajar e acompanhar o Paysandu em alguns jogos decisivos; e já prometi que meu filho terá o sobrenome Paysandu. 

Amar esse time é nunca desistir, foi sempre acreditar que aos 45 do segundo, o Zé Augusto entraria e decidiria o jogo pra nós. É acreditar no impossível como em La Bombonera. Amar esse clube é entender que torço para um gigante, o maior clube do norte do Brasil.