Ricardo Gluck Paul: "A dispensa do treinador é de minha inteira responsabilidade"
Presidente bicolor garante que saída de Brigatti foi realizada no momento certo
O futebol brasileiro, cheio de controvérsia, é habitat natural para demissões de treinadores por maus resultados dentro de campo. E quando estão invicto e são demitidos? Foi o que aconteceu com João Brigatti no Paysandu. A liberação do treinador causou surpresa entre o torcedor alviceleste e parte da mídia. Afinal, em semana de Re- Pa com o Papão, invicto, se desfez do seu treinador.
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Depois de adiantar de forma exclusiva ao OLiberal.com pelo telefone, o presidente concede entrevista coletiva sobre a saída do treinador. "Venho à imprensa esclarecer detalhes a fim de acabar com os comentários de rede social que Brigatti brigou com jogadores no vestário e/ou teve desavença no treino de sexta-feira (15). Nada disso houve, a decisão é minha e de forma racional. Desde que assumimos o clube, falei que iria acompanhar o futebol no seu movimento diário e, com a diretoria executiva de futebol, estamos sempre avaliando o desempenho do time e do trabalho da comissão técnica. O Paysandu tem muitos problemas em campo. A razão da dispensa do treinador é essa falta de evolução tática ", disse.
SEM RUMO
A falta de um esquema tático definido e a presença de erros de fundamentos emergiram ainda mais no empate com o Castanhal em que o Japiim armou bom esquema, neutralizando todas investidas do Papão. "Vimos uma insatisfação da torcida. O Paysandu é o lider da competição, está invicto, mas o desempenho em campo não agrada. A gente não pode ficar assim. Achamos de mudar as coisas para se fazer aquilo que a gente acredita ser melhor para o clube", falou.
Ricardo negou ainda que o Paysandu não teria condições financeiras de segurar o treinador por ter recebido uma boa proposta. "Não é verdade, o Brigatti está saindo por uma necessidade de ajuste no time. A sua dispensa é de responsabilidade do presidente. Assumo o caso em 100%, pois não vou esperar que o pior aconteça", ressaltou.
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O dirigente revelou que o Paysandu tem suporte para enfrentar o Remo no clássico de domingo (24). "Mesmo que a gente não contrate novo treinador, temos aqui o nosso auxiliar que já dirigiu o time em outros jogos. Ele tem experiência nacional. A nossa equipe está preparada para superar essa transição. É preciso ter coragem e o Paysandu tem. Quero ganhar o clássico, sou torcedor e acredito na vitória sobre o nosso rival", aposta.
Já a partir de abril o presidente promete fortalecer o elenco com novos atletas. "Isso está previsto no planejamento, porque vamos ter Copa do Brasil e a Série C do campeonato brasileiro", destacou.
Ricardo Gluck Paul procura treinador que se encaixe no perfil da estrutura do Paysandu. Garantiu até quarta-feira (20) anunciará o substituto de João Brigatti, que estava no cargo desde setembro de 2018.
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