Paysandu: três chapas definidas e clima eleitoral toma conta do clube

Presidente da Assembleia Geral explica possibilidade de mudança de data do pleito

Nilson Cortinhas

O cenário eleitoral do Paysandu já se encaminha para uma definição dos candidatos ao cargo de presidente.O sucessor do empresário Ricardo Gluck Paul sairá de uma tríade formada por Maurício Ettinger, Luiz Omar Pinheiro ou Antônio Maciel.

O pleito está agendada para a primeira semana de novembro, embora o presidente da Assembleia Geral do Paysandu, Nilton Gurjão, considere eventos que possam adiar as eleições. "Duas coisas podem interferir. A pandemia e o adiamento das eleições municipais para o mesmo período", disse. 

Apesar da indefinição de datas e considerando que o mandato de Ricardo Gluck Paul será concluído em dezembro, o clima eleitoral já toma conta do clube, com propostas, críticas abertas e veladas entre as chapas. 

Ettinger

O candidato da situação será Maurício Ettinger, nome considerado excelente pelo atual presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul. "Tem plenas condições", relatou Gluck Paul.

A definição saiu durante esta semana e foi confirmada com duas fontes do atual grupo gestor do Paysandu. Maurício foi procurado pela reportagem, mas alegou impossibilidade de atendimento.
Ettinger é empresário, proprietário de uma empresa da área ambiental.No Paysandu, seu nome se tornou forte como um dos vice-presidentes de Gluck Paul. É tido como um dirigente discreto, embora eficiente.
Como representante da chapa de situação será beneficiado ou prejudicado no aspecto eleitoral com os resultados que serão obtidos dentro de campo - na conclusão da disputa do Parazão e, principalmente, na luta pelo acesso à Série B.

image Maurício Ettinger é o candidato da chapa de Ricardo Gluck Paul para a temporada 2021 (Ascom Paysandu)
Luiz Omar Pinheiro

Ex-presidente do Paysandu, o prático Luiz Omar já traçou como meta retornar ao cargo que foi seu de 2009 a 2012. No comando do clube, implantou um choque de gestão que encaminhou pagamento de dívidas, iniciou a modernização do clube e obteve sucesso no departamento de futebol com títulos estaduais e um acesso à Série B, à despeito de contratações desenfreadas.

Depois do Paysandu, Luiz Omar já dirigiu outros dois clubes - Ypiranga, em Macapá, e o Carajás, no distrito de Outeiro, em Belém. Assumiu uma postura folclórica, sendo que se autointitulou 'Sheik do Norte' dada à facilidade de investimento tanto em jogadores quanto na ampliação da estrutura. Em Outeiro, o estádio do Carajás recebeu o nome do dirigente.

Sempre teve uma relação amistosa com o atual grupo gestor bicolor, contudo, o clima ameno acabou e Luiz Omar é um dos críticos a administração, a qual chama de seita Novos Rumos - ex-nome da chapa que lidera o Papão. "Eles tinham tudo para deixar o Paysandu na Série A, pois receberam o time com receita. Por que não fizeram um Centro de Treinamento quando tinham R$23 milhões de receita? Novos Rumos gestão top", ironizou, reclamando do endividamento do clube.

Seu grupo de apoiadores são beneméritos mais antigos do clube. Para contemplar essa parcela, Luiz Omar pôs o nome da chapa como raiz, o que remete a uma forma mais antiga e rígida de administração.

image Luiz Omar que voltar ao comando do Papão (Cristino Martins / O Liberal)
Antônio Maciel

Outra chapa de oposição é liderada pelo advogado Antônio Maciel. Este grupo tem como mentor o ex-presidente do Paysandu, Alberto Maia, que é dissidente da diretoria atual.

A composição fez uma 'live' no início da semana passada. Pouco depois, a reportagem obteve respostas exclusivas do candidato, que já foi do departamento jurídico do clube nas administrações Vandick e Alberto Maia, além de presidente da Assembleia Geral.

Maciel, que é natural de Tomé-Açu, considerou inadmissível o clube não ter um CEO no futebol e fez críticas veladas. "Não dá para termos um presidente de final de expediente". No nome da chapa, está a palavra reconstrução.

O advogado planeja diretrizes baseadas, segundo ele, em uma gestão transparente, moderna e com foco no mercado.

Maciel revelou planos ousados para o futebol. "Queremos um time ofensivo. É uma meta para o futebol. O Santos foi vice-campeão brasileiro com um DNA ofensivo e com um orçamento infinitamente menor a Flamengo e Palmeiras", citou, como exemplo.

image Antônio Maciel promete time ofensivo (Fernando Torres/Divulgação)

 

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