Paysandu ameaça não jogar em gramados ruins no Parazão 2020

A apreensão com relação a viabilidade do Campeonato Paraense 2020, em meio as notícias de pendência de laudos de vários estádios, foi amenizada com a última informação do Ministério Público que já liberou os estádios da primeira rodada. 

Atento a questão, está o Paysandu, que em 2019, jogou um Parazão diante de diversos problemas estruturais, envolvendo a questão dos estádios. O Papão foi, inclusive, uma das vítimas porque enfrentou um gramado sem condições de jogo em Tucuruí, contra o Independente na semifinal do certame estadual, e perdeu por 2 a 0, resultado que encaminhou a eliminação bicolor.  Após aquela partida, a diretoria do Papão reclamou. O presidente Ricardo Gluck Paul fez postagens nas redes sociais e, desde então, não as utiliza para comentar nada. 

As vésperas de iniciar mais um Campeonato Paraense, Gluck Paul manifesta a ideia de não atuar em estádios com gramados sem condições. "O Paysandu pode entrar com recursos preventivos para não jogar em gramados que ofereçam o risco. Vou bater forte na questão de qualidade de gramado", disse o gestor, avaliando, inclusive, que esse tipo de gramado oferece risco de lesões sérias."Em Tucuruí, nós tivemos que lidar com uma contusão do Elielton que ficou fora da primeira rodada da Série C", afirmou, em alusão a temporada 2019. "Vamos recusar jogar em gramados que não ofereçam segurança. Se for o caso, vamos entrar com demanda judicial para garantir esse direito", garantiu Gluck Paul.   

O presidente bicolor observa que a organização do Parazão evoluiu, porém faz ressalvas. "Não posso dizer que está solucionado. Mas, consegui ver um primeiro passo por parte da Federação (Paraense de Futebol). Criou-se uma comissão fiscalizadora dos estádios. Tem que ter um padrão de qualidade, qual a grama que usa. Existem gramas específicas para futebol. Esse gramado tem drenagem? E, sobretudo, iluminação. São coisas que precisamos resolver urgentemente", disse. "E também a estrutura de vestiário. Isso não é o Paysandu brigando, de salto alto. Isso é segurança de trabalho. Isso é uma bandeira que levantei e vou continuar levantando".