Náutico se manifesta judicialmente e advogado do clube diz: 'O STJD não pode fazer o papel de VAR'

O pênalti polêmico marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, na partida de volta das quartas de finais da Série C entre Náutico-PE e Paysandu, fez com que o time paraense entrasse com um recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), pedindo a anulação da partida. Após aceitação do pedido bicolor, o Náutico vai manifestar oficialmente nesta terça (17), sobre o caso.

A equipe pernambucana contratou um advogado que atua na área de direito desportivo para defender o Timbu. Em entrevista ao Jornal do Commercio-PE, um dos advogados internos do Náutico, Roberto Selva, o time alvirrubro apresentará a defesa e espera uma resposta positiva da procuradoria até quinta-feira (19).

“Vamos apresentar uma defesa técnica, demonstrando que não existe suporte para o pedido do Paysandu. Depois do jogo ocorrido, do resultado consumado, do árbitro competente ter marcado o pênalti, o STJD não pode fazer o papel de VAR. Se houve erro, foi de interpretação e isso não se corrige em tribunal. Erro de interpretação pode ser objeto do VAR, mas a CBF entendeu que não deveria ter VAR, embora o Náutico tenha pedido para ter nas quartas de finais”, comentou Roberto Selva.

A não paralisação da Série C é um fator que pode dar ao Náutico força na defesa, de acordo com o advogado alvirrubro. “Estamos confiantes de que as chances disso prosperar são mínimas, por que não tem direito, não tem suporte. Não houve a paralisação do campeonato, teve jogo do Náutico contra o Juventude-RS e isso é um fato consumado, não tem como anular e nem pode mais, pois a Série C prosseguiu. Tudo isso é uma insegurança jurídica completa”, afirmou.

O julgamento do caso está marcado pelo STJD para a próxima sexta-feira (20), às 11h. Assim como o departamento jurídico do Timbu, a Procuradoria do STJD também deverá dar um parecer, mas somente na quinta-feira (19).