Ídolo do Paysandu morre vítima do coronavírus e clube decreta luto de três dias

Após o ex-presidente Asdrúbal Bentes, o Paysandu perdeu mais uma figura importante do futebol. O ex-zagueiro Maurício, pentacampeão paraense entre meados das décadas de 50 e 60, morreu vítima do novo coronavírus. Ele se despediu aos 82 anos, no último sábado (2).

Maurício Alves dos Santos defendeu o Papão entre as temporadas de 1955 e 1964, conquistando os títulos estaduais dos anos de 56, 57, 59, 61 e 62. Cria da base, o defensor ainda levantou taças como juvenil nos anos de 1955 e 1956, com 13 jogos invictos.

Time bicampeão juvenil do Paysandu. Em pé: Mimi (Técnico), Athos, Liolí, Ary, Maurício, Zé Maria, Carnaval e Caim (Auxiliar técnico). Agachados: Leônidas, Vasco, Ércio, Nivaldo e Bernardo (Arquivo pessoal)

No livro Papão, 90 anos de glórias, o historiador Ferreira da Costa conta que “quem assistia aos jogos do ‘Papãozinho’ logo vislumbrava que um grande craque estava despontando. Jogador de qualidade técnica, era o senhor da área, impondo seu futebol de primeira, sobrepujando os mais temidos atacantes. Sempre desfilando futebol técnico sem necessidade de jogadas bruscas ou violentas”, descreveu o autor, que incluiu o defensor na lista dos 90 maiores jogadores da história do Papão.

Maurício também era militar do Exército, onde serviu como subtenente no atual 2º BIS e no QG. Na década de 90, ele e outros ex-atletas se uniram para fundar uma associação de ex-jogadores paraenses, entre eles Ércio e Quarentinha.

O Paysandu Sport Club se solidariza com familiares e amigos de Maurício e declara luto oficial de três dias.