Fisioterapeuta do Paysandu aponta desafios em relação à saúde física do elenco bicolor

Em nova fase de preparação física, o núcleo de fisioterapia do Paysandu vive um dilema. Enquanto realiza os treinos por videoconferência, a equipe já visualiza e planeja a volta dos treinos presenciais com o elenco. Mais de 80 dias depois da última partida de futebol do clube, antes da paralisação pela pandemia da covid-19, o departamento precisa se preparar para evitar lesões, após o longo período longe dos gramados.

"Sabemos que, inicialmente, os trabalhos serão feitos em grupos. Vamos ter que nos adaptar a cada fase, dar atenção ao atleta que está vindo de um período maior que aqueles 30 dias quando recebemos ele em janeiro. Temos que ter critérios de avaliação e identificar de como esses atletas estão retornando: a condição muscular, de força, que tipo de predisposição ele pode apresentar, para na hora em que for sofrer uma carga alta de intensidade, não corra risco de se lesionar", comentou o fisioterapeuta bicolor Júnior Furtado.

Apesar de ser um contexto diferente, o departamento pode se inspirar no trabalho realizado na pré-temporada, em janeiro deste ano. Um dos últimos times a iniciar a preparação para o ano de 2020, o Paysandu teve um saldo positivo no trabalho em conjunto da comissão técnica com a preparação física e fisiologia: zero lesões musculares, enquanto a bola rolou.

"Jamais a gente poderia imaginar que o trabalho fosse dar frutos tão positivos, ao ponto de chegarmos ao final de março sem lesões musculares. Isso é, dentro da epidemiologia natural do futebol e, principalmente, do Paysandu dos últimos anos, algo inimaginável. Principalmente com a características de trabalho que a comissão técnica utilizou nesse inicio de temporada", finalizou Júnior.