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Em crise no futebol, Paysandu busca novos rumos através da política para se reerguer

Reunião provocada pelo presidente Ricardo Gluck Paul com ex-presidentes do clube trará impactos dentro de campo

Redação Integrada
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O gesto de aproximação do atual presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, com ex-presidentes do clube, inaugurou um novo momento da história recente bicolor. Isso porque o grupo, antes intitulado 'Novos Rumos', estava em um processo intenso de desgaste externo, que resultou no isolamento de participantes. A divisão prejudicou o Paysandu, que não avançou administrativamente e colecionou insucessos dentro de campo. 

O primeiro resultado efetivo da reunião foi a junção das diversas correntes do clube. "Fizemos um pacto para acabar com grupos dentro do Paysandu... O Paysandu está em primeiro lugar. Firmamos um pacto, não pode expor isso". 

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No entanto, fiel ao seu perfil sincero, Luiz Omar Pinheiro revelou que foi convidado para compor uma gestão no departamento de futebol profissional. Além dele, Vandick Lima também foi convocado, caso aceite e detalhes finais sejam solucionados. A situação será definida nesta segunda-feira, 17. 

A reportagem também apurou que Alberto Maia foi convidado para comandar a marca Lobo, inaugurada na gestão de Maia quando presidente. Maia se pronunciou nas redes sociais, porém, evitou detalhar a situação. Ele não atendeu os chamados para o seu telefone. Vandick Lima não foi encontrado para comentar o assunto.

Divisão 

Antes disso, a reportagem conversou com um ex-presidente do Papão, que pediu sigilo. Ele foi enfático: "A Novos Rumos acabou quando terminou o mandato do Maia". Estavam afastados, embora não completamente, figuras como Vandick Lima e Alberto Maia, os primeiros presidentes dessa era. 

O problema foi, basicamente, divergência de opiniões no rumo do departamento de futebol profissional. Apesar de ser tido como o clube mais organizado do futebol do Pará, o Paysandu pouco refletiu essa supremacia em campo. De 2013 para 2019, foram três títulos paraenses e campanhas irregulares na Série B, com exceção do ano de 2015. O clube foi rebaixado à Série C duas vezes - em 2013 e 2018. 

O maior ponto de divergência diz respeito ao processo de contratações e investimento na categoria de base. Vandick, por exemplo, defende valorização de jovens jogadores. Em 2017, ele chegou a assumir um cargo relevante dentro da estrutura do futebol, no entanto, sua opinião não tinha o impacto desejado por ter o gabarito de um ex-presidente e um dos ídolos da história do Papão. Vandick se afastou rapidamente e evitou comentários públicos.  

Outro momento clássico de rompimento foi durante a campanha de Alberto Maia para deputado estadual em setembro de 2018. Alberto Maia usou uma rede social para informar que simpatizantes da sua candidatura estavam proibidos de manifestar apoio dentro das dependências do clube. À época, Alberto Maia anunciou o seu desligamento da 'Novos Rumos'. Entretanto, mantinha um tom de crítica aos gestores atuais. "Desde que sai da Presidência sempre me mantive silente, mas estou muito preocupado com a Série D. Presidente Ricardo Paul assuma as rédeas deste futuro, confiamos em vc!", escreveu em uma rede social. "Que suas decisões sejam de gestor em prol da Instituição e não em prol de amizades. A Nação Bicolor espera por um presidente atuante e que defenda a Instituição", publicou, em janeiro quando o atual presidente assumiu o clube.

A Novos Rumos, que se tornou Sempre Fiel em 2018, numa estratégia de marketing para se livrar de críticas, está no poder desde 2013. O primeiro presidente foi Vandick Lima, cujos resultados obtidos envolveram um título estadual, manchado pelo rebaixamento à Série C. Alberto Maia o sucedeu, conquistou uma Copa Verde, Campeonato Paraense e inaugurou a marca Lobo. Na sequência, Sérgio Serra se tornou o gestor máximo em 2017, contudo, passou apenas seis meses no comando e renunciou, alegando que foi vítima de ameaças de agressão. Tony Couceiro assumiu o espaço vago e, em 2018, não evitou o rebaixamento do clube à Série C. Ricardo Gluck Paul, portanto, é o quinto presidente dessa linha sucessória.    

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