Parazão: retorno com muitas mudanças, muita expectativa e sem torcida

O Campeonato Paraense retorna em menos de um mês e com muita expectativa dos clubes e das torcidas. Para escolher 1º de agosto como o dia do retorno dos jogos de futebol no Pará, foram necessárias várias reuniões entre os clubes, a Federação Paraense de Futebol (FPF) e os órgãos estaduais e municipal até a aprovação do protocolo, que vai garantir a proteção de todos os envolvidos diante da pandemia novo coronavírus.

Quando a competição voltar, será diferente e com muitas mudanças. Uma delas é a escolha de Belém como sede única e jogos sem torcida. Para isso, os clubes do interior não terão despesas quando vierem para a capital paraense para realização dos jogos.

“Enquanto os clubes estiverem em sua cidade de origem, os custos serão de responsabilidade deles. Quando eles vierem para Belém para jogar a 9ª e 10ª rodada e os que passarem adiante, os custos serão de responsabilidade da Federação Paraense de Futebol (FPF). Transporte, hospedagem, alimentação e também vamos disponibilizar o local para treino, que provavelmente será no CEJU, o espaço que a federação tem”, explicou o vice-presidente da FPF, Paulo Romano.

O vice-presidente da FPF ainda analisou os possíveis cenários da fase mata-mata do Parazão. Ele lembrou que o Paysandu está classificado e o Remo está quase na semifinal. Aí os custos de hospedagem e treinos podem ocorrer com os times que são do interior.

“O Paysandu já está classificado, tem o estádio dele e utiliza. O Remo provavelmente deve está se classificando. Em relação aos outros, é provável que o Castanhal passe e vai se deslocar só no dia do jogo porque fica próximo daqui. Inclusive, o Castanhal volta ao treinamento na segunda-feira e os jogadores vão ficar confinados até o final do campeonato. O quarto é outro do interior, mas a federação vai ficar responsável por custear a hospedagem e o local do treinamento”, comentou.

Por ter Belém como sede única e pelo fato dos clubes estarem com problemas financeiros, foi decidido retirar 25% do prêmio da competição para os quatro primeiros lugares para custear as despesas dos jogos.

“O que foi retirado da meritocracia foi 25% do valor para despesas dos custos operacionais dos jogos. Pagamento de arbitragem, gandula, essas coisas que são inerentes ao jogo. Porque a responsabilidade é do clube mandante, mas como não vai haver receita de bilheteria, foi deduzido o valor para custear essas despesas”, comentou Paulo Romano.

Outra preocupação é em relação ao local de realização dos jogos. Paulo Romano explicou que o Mangueirão será o palco principal. Além disso, Remo e Paysandu não poderão jogar em seus estádios quando forem visitantes. 

“O Mangueirão já está no processo de realocar o pessoal (os moradores de rua que estavam abrigados no local) para outra área. O Paysandu e Remo não poderão jogar na situação de visitantes em seus estádios. Se na última rodada todas as partidas forem no mesmo dia, vamos ter Remo e Paysandu como visitante e eles questionaram quem joga no Mangueirão. Se for necessário, a gente faz um sorteio. O time que for sorteado joga no Mangueirão e o outro deve deslocar para outro estádio”, comentou.

MANGUEIRÃO

Estádio escolhido para a realização de vários jogos do Parazão, a reportagem questionou a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) sobre os serviços que estão sendo feitos no Mangueirão para garantir a segurança no local.

“A estrutura recebe cuidados no gramado, pintura e nas instalações elétricas e hidráulicas. A Seel informa ainda que serão realizados no local serviços de desinfecção e sanitização, com a higienização total da praça esportiva. Será ofertado álcool gel e estabelecido o uso obrigatório de máscaras nas dependências do estádio. A ação faz parte do protocolo do Ministério da Saúde para retomada dos campeonatos estaduais”, explicou.