Mesmo elogiada, camisa branca é usada por minoria no Morumbi

Apesar da homenagem, uniforme comemorativo da Seleção Brasileira teve poucos usuários entre os torcedores. Mas quem foi ao Morumbi com ela cravou: é a mais bonita de todas!

Guilherme Gomes

Uma das novidades do jogo de estreia da Seleção Brasileira na Copa América, contra a Bolívia, foi a camisa branca usada pela equipe de Tite & cia. Lançada em abril, a peça foi uma iniciativa da CBF para reproduzir o modelo utilizado pelo Brasil em 1919, ano da conquista do primeiro título nacional, o Campeonato Sul-Americano, equivalente à atual Copa América.

Em abril, quem serviu de modelo para o relançamento do uniforme foi o atacante Vinícius Junior, do Real Madrid, que ironicamente acabou ficando fora da relação de convocados de Tite para o torneio.

Bem diferente do habitual, o uniforme foi pouco visto entre os torcedores. Como de costume, a arquibancada era um mar amarelo, com alguns pontinhos brancos. E teve gente que mesmo indo de branco ao Morumbi não sabia que a camisa seria usada pelos jogadores nessa partida contra a Bolívia.

- A gente achava que a Seleção iria jogar de amarelo - revelou Giovanna Negri.

E por que então tanto ela como o amigo Breno Guimarães estavam com a camisa branca da Seleção?

- Achamos bem mais bonita. Compramos hoje. É mais 'clean', foge daquele amarelão e do azul - explicou. Breno ainda deu outro motivo pela opção:

- Ela é mais estilosa, então dá até para usar fora de dia de jogo, em outras situações, por exemplo.

Quem também aprovou o renascimento do modelo foram as médicas Cilene Pinheiro e Cristiane Dias, de São Paulo. Elas pagaram cerca de R$ 250 em cada unidade oficial e explicaram a escolha.

- Essa questão de ser algo vintage é bem bacana. E ainda tem uns detalhes em amarelo e azul. É muito bonita - disse Cilene, antes de avisar próxima medida a ser tomada em relação à peça:

- Vamos colocar o nome da Marta nas costas - numa alusão à craque brasileira, eleita por seis vezes a melhor do mundo pela Fifa:

- Vamos aproveitar e incorporar a causa do futebol feminino também nessa camisa - finalizou.

A MALDIÇÃO DA CAMISA BRANCA

A combinação usada pelo Brasil contra a Bolívia - camisa branca e calção azul - foi usada no primeiro título nacional, no Campeonato Sul-Americano de 1919. O torneio foi disputado no estádio das Laranjeiras, no Rio, e teve quatro participantes. O Brasil venceu o Uruguai para ser campeão. O uniforme branco permaneceu como o principal da Seleção Brasileira até 1950. Mas a derrota na final da Copa do Mundo para o mesmo Uruguai tornou a camisa branca 'maldita'. Por superstição, a CBD (antiga CBF) decidiu mudar o uniforme.

Após um concurso, em 1953, a Seleção passou a usar a camisa amarela. A partir da Copa de 1958, a camisa azul foi definida como segundo uniforme. Isso porque, na véspera da final da Copa, contra a Suécia, dirigentes da seleção tiveram de comprar às pressas um novo jogo de uniformes, pois a equipe adversária teria o direito de jogar de amarelo. Com a vitória por 5 a 2 do Brasil, a camisa azul foi chamada de pé quente e adotada como segunda opção.

Antes do duelo com a Bolívia, a última vez em que o Brasil havia usado a camisa branca foi em 2004, quando disputou com a França, em Paris, um amistoso no centenário de fundação da Fifa. As duas seleções usaram na etapa inicial uniformes retrô, com peças de pano e cordões. O o placar final foi 0 a 0.

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