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Atletas de MMA relatam prejuízos e frustrações por conta da pandemia da covid-19

Snipper e Isaac Rodrigues são duas das vítimas dos impactos do novo coronavírus

Braz Chucre
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Francisco Nazareno (Snipper) é um dos atletas que tiveram planos nocauteados pela covid-19. Ele disputaria o Jungle Fight, edição 103, em Manaus [AM]. Além da boa bolsa, ainda teria chances de tentar buscar o cinturão de campeão de galos, que hoje pertence ao manauara Klinger Ferreira, contudo, o programa foi cancelado pela organização e ainda não tem data remarcada.

“Foi quase um nocaute o cancelamento. Não luto desde março, parece uma eternidade. A gente vem sofrendo no bolso e também nas atividades, pois tive de suspender os treinos. Manter o peso, sem treinar é duro. Aos poucos estamos retomando ao trabalho”, diz. Snipper, 31 anos é irmão de Deiveson Figueiredo ‘Daico’, do UFC, e já realizou 15 lutas com 11 vitórias, um empate e três derrotas.

Isaac Rodrigues, 37 anos, pugilista, sagrou-se campeão mundial de médios pela WFB [ World Federation Boxing], no ano de 2014, e venceu o mexicano José Pinzon, por nocaute, em luta realizada em Belém (PA). 

O paraense seguiu na carreira internacional ao se transferir para New Jersey e fez várias lutas. Após um ano e meio sem lutar, voltaria ao combate em março, numa super programação na Arena Philadelphia – Pensilvania, diante do norte- americano Cristopher Brooker.

O evento não aconteceu devido à covid-19. Isaac conseguiu retornar para Belém onde mantém uma rotina de treinos na expectativa de voltar. “Por conta dos protocolos de saúde demorei voltar ao Pará. É difícil a gente traçar um plano de futuro até porque não sabemos quando isso vai acabar, mas estou treinando em casa. Faço corrida, sombra, corda, abdominais e outros exercícios. Nós, lutadores de boxe, temos essa vantagem de treinar sozinho e com isso venho me mantendo. E quando voltar tudo ao normal vou precisar fazer treino de contato com sparring e manopla”, avalia.

Isaac que é natural da Mocajuba, lançado no boxe pelo técnico Ulisses Pereira, diz que pra ganhar dinheiro com  boxe no Brasil é difícil por não ter evento. ´É ai, por diante. Felizmente conto com um patrocinador que tem dado toda estrutura pra poder treinar ”, conta, afirmando ainda que precisa lutar para poder alimentar sua família e ter condições de um dia levar à vida que sempre desejou ter.

Segundo ele, o boxe profissional mundial está bastante aquecido, pagando bolsas altíssimas com muitas estrelas como, o mexicano Saul Canelo Alvarez, o ucraniano Visiliy Lomachenko, os ingleses Tyson Fury e Anthony Joshua. “Até o Mike Tyson está ensaiando uma volta. A barca está boa”, aponta.

Isaac destaca à falta de um ídolo de boxe no Brasil. “O esporte vive de ídolos. O Acelino “popó”  Freitas foi o último ídolo que tivemos de grande expressão. O cara foi tetracampeão mundial desde daí não tivemos um ídolo dessa expressão. Precisamos no Brasil de um ídolo dessa magnitude”, confessa.

Samuel Paiva, atleta de muay thai, comandante da Black Diamond, deve entregar o prédio onde funciona sua academia, pois não está podendo pagar o aluguel. “Estamos vivendo num caos financeiro, sem saber quando será restabelecida à nossa economia. Não temos alunos e nem competição a fazer. É complicado, pois estou com minhas em atraso”, revela.

“Em outros Estados academias estão funcionando com normas de segurança. Em Belém, acho que vai demorar. Os micros empresários estão sofrendo com essa pandemia. Estou sobrevivendo dando aulas online”, resume.

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