Série C: para evitar surto de coronavírus, CBF proíbe prática antiga de clubes. Remo e Paysandu estão cientes

Englobando médicos de clube da Série C, foi realizada uma reunião online liderada pelos integrantes da diretoria de saúde da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Pelo lado do Remo, Jean Clay integrou a reunião. Pelo lado do Paysandu, Edilson Andrade foi o representante. Em pauta, os impactos da pandemia do novo coronavírus no Brasileirão. Pelo que a reportagem apurou, assuntos foram prioritários e se agregam aos cuidados já realizados pelos clubes. É mais um protocolo. A competição inicia no início de agosto. 

Proibição

Entre os acordos repassados pela CBF, um é essencial e pode até interferir na tabela de classificação: os clube estão proibidos de contratar médicos terceirizados para os jogos. Essa atitude é comum, principalmente, em agremiações da Terceira Divisão que contratam médicos de locais em que visitam - quando jogam fora dos seus domínios. A ideia se baseava em reduzir custos relacionados a viagem do referido profissional. A medida, contudo, está suspensa. Caso um clube insista e não respeite o protocolo, será severamente punido - inclusive, lidando com risco de perder pontos na competição. "Isso é uma questão de segurança", frisou o médico azulino, Jean Clay. "O profissional dos clubes sabe o histórico de cada atleta", ressaltou Jean.

Testes

Outro assunto prioritário diz respeito ao alinhamento com relação aos testes. A CBF informou que já concluiu uma parceria com um hospital de São Paulo que desenvolveu um método de testes para 24 integrantes (23 jogadores e mais o treinador) de cada clube, além da equipe de arbitragem. Os testes serão feitos dois ou três dias antes dos jogos em todas as rodadas invariavelmente. Os demais componentes do jogo usarão obrigatoriamente máscaras em meio aos jogos. O detalhe é que os testes terão resultados divulgados em até 48h, dessa forma, é razoável que os clubes considerem saber os resultados exatamente no dia do jogo. "Se der positivo, o jogador será imediatamente afastado", explicou Jean Clay, seguindo. "A preocupação principal é com o sintomático. Se tiver assintomático, a probabilidade de transmissão é pequena. Não devemos trabalhar com a exceção", frisou o médico azulino. 

Segundo o que apurou a reportagem, Remo e Paysandu realizam testes para identificar Covid-19 devidamente considerados satisfatórios pela CBF. Esse fator levará ao seguinte cenário: se um jogador for identificado com a doença, já estando com os anticorpos, não precisará repetir o teste disponibilizado pela entidade máxima do futebol brasileiro. O atacante bicolor, Nicolas, por exemplo, já admitiu que teve Covid-19 e desenvolveu os anticorpos, portanto, não sendo mais um transmissor da doença.   

Inquérito

Para concluir, também ficou acordado que cada clube apresentará um documento chamado de inquérito epidemiológico, que abordará as avaliações de atletas durante os dias que antecedem o jogo.