Paralisação do estadual pelo novo coronavírus deixa maior parte dos atletas no desemprego

Torneio não tem previsão de retorno

Andre Gomes, Fábio Will
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A pandemia do coronavírus obrigou vários clubes do Campeonato Paraense de 2020 a liberarem seus atletas e encerrar as atividades. Um deles foi o Carajás, que mesmo já rebaixado no Parazão, teve que acertar o fim dos contratos dos atletas antes do ideal. O meia Lucas Vitor, que já passou pelo Remo e estava no Pica-Pau, reconhece as dificuldades.

"É chato ter que sair do clube assim, sem ter jogos, mesmo com a nossa situação na competição. Sou o homem da casa, ficar sem emprego é chato, difícil. Já tive a oportunidade de jogar no Remo, em uma equipe grande da capital e existe dificuldade, agora em clubes do interior, de menor suporte, a realidade é bem mais difícil. Muitos pais de família perderam seu emprego e isso é complicado, mas entendo o clube e situação que estamos vivendo", disse Lucas.

Isso afeta também outras pessoas do futebol, como quem trabalha na comissão técnica. O preparador físico Wellington Vero, que passou pela dupla Re-Pa e que já acertou sua saída do Carajás, sabe das dificuldades e pede compreensão de dirigentes e funcionários neste momento.

"Atletas e pessoas da comissão são seres humanos normais. Os dirigentes precisam se profissionalizar, se você possui um contrato vigente com o clube, ele precisa ser cumprido. É preciso abrir mão de um lado e do outro, mas é necessário que os profissionais sejam pagos".

INCERTEZAS

No Paragominas alguns jogadores foram desligados do clube, outros permanecem com a esperança de jogar o restante do Campeonato Paraense. É o caso do zagueiro Yan, que quer atuar e não sabe como ficará o futuro, já que não há data para a volta do futebol.

"A expectativa é jogar até o final. Estamos no G-4 desde o início do Parazão, mas ninguém esperava por isso, mas creio que isso vai passar e vamos jogar. Todos possuem suas dificuldades financeira, no momento está tranquilo, mas e depois?", questionou o zagueiro do PFC.

OS CLUBES

O presidente do Paragominas, Edinho Lopes, falou sobre o que o clube enfrenta nesse período de paralisação pela covid-19, o novo coronavírus. Ele afirma que o Jacaré preferiu fazer um acordo com os atletas, já que não teria condições de arcar com as despesas e manter o plantel.

"Conversamos e liberamos todos para voltarem para suas casas e aguardar uma definição. Vamos ficar em espera, aguardando uma definição sobre os rumos do campeonato. Todos continuam à disposição do clube, porém, em suas casas, aguardando um chamado".

Já o Castanhal vai pelo caminho inverso. Hélio Paes admite a esperança que o torneio possa voltar e o Japiim continue na briga por um calendário maior em 2021: "A gente sabe que o momento é delicado de uma possível volta. Mas vamos aguardar até o início do mês, quando a FPF deve se manifestar perante a continuidade ou não. Estamos na esperança de uma solução. Enquanto a FPF não se manifestar, o clube não tem ideia de rescindir com ninguém".

Enquanto isso, o presidente do Independente de Tucuruí, Deley Santos, praticamente chutou o balde:  "Estou começando a liberar os jogadores que vieram de longe, estou mandando embora. Estou rescindindo, pagando e dispensando. Não vai se resolver nestes próximos dois ou três meses. Temos ainda mais quatro atletas da cidade e 14 de Belém. Estão todos em suas casas aguardando. Mas creio que já vamos ter que pensar em 2021", complementou.

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