EXCLUSIVO: como é ser a mãe de um presidente de Remo ou Paysandu?

A bicolor Sônia Gluck Paul e a remista Norma Osório contam histórias dos filhos dirigentes

Nilson Cortinhas
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O Dia das Mães traz um clima de alegria, almoço em família e, principalmente, de reflexão. Independente da posição que uma pessoa ocupa perante à sociedade, a relação íntima entre mãe e filho segue intacta e cheia de curiosidades interessantes. A reportagem da Redação Integrada de O Liberal conversou com as mães dos presidentes de Remo e Paysandu, Fábio Bentes e Ricardo Gluck Paul, respectivamente, para mostrar um pouco do que é ser mãe de um presidente de clube. Ainda mais de presidentes que estão ocupando a cadeira máxima de uma entidade como a dupla Re-Pa pela primeira vez na vida.

image Ricardo e Sônia mantém sintonia bicolor (Akira Onuma / O Liberal)

Com uma carreira consolidada na iniciativa privada e pública, já foi inclusive secretária de estado, Sônia Gluck Paul apoia incondicionalmente a rotina frenética e de pressão que o filho, Ricardo Gluck Paul, presidente do Paysandu, vivencia.

O fato é que o lastro, adquirido pela vivência como profissional, é essencial para que ela entenda os momentos de ausência de Ricardo. "Não sou invasiva. Já fiz igual ao que Ricardo faz hoje, dedicando-me ao trabalho"

Sônia Gluck Paul foi promotora pública e diretora de uma universidade privada. Continua atuando na aréa jurídica. E além de tudo isso, também tem uma função, digamos, pública: a de ser mãe de Ricardo. "Na academia que frequento, tem sempre alguém que torce pelo outro time, tira uma brincadeira. Mas, tem também quem apóia: sempre dizem que o Paysandu vai ganhar", diverte-se. 

image Sônia é um esteio para a família (Akira Onuma / O Liberal)

Entre sorrisos e serenidade, a ideia da família Gluck Paul, que é amplamente amparada pela genitora Sônia, é a de evitar excessos. Tanto nos momentos adversos, quanto nos momentos de alegria. "Na função, lidamos com coisas boas e ruins. Vencemos. Lidamos com a derrota que não poderia. Então, a alegria e tristeza são momentâneas", defende Ricardo Gluck Paul. Sônia, por sua vez, ensinou esse estilo para a vida dos filhos. "Só que com uma palavra mais romântica, né? (risos)", disse. "Não leve para o seu coração o resultado negativo". 

Esse comportamento ajudou Ricardo e Sônia a superarem o insucesso do Campeonato Paraense. Mas, também servirá de base para apoiar eventuais sucessos do Paysandu. "Falei ao meus filhos para não tirar onda quando ganhamos do rival. É assim que levamos", garante Ricardo. 

Sônia é uma mãe orgulhosa dos filhos. Além de Ricardo, tem Sérgio e Ana Carolina. Na família, pulsa a paixão pelo Paysandu. Ambire Gluck Paul, pai de Ricardo, tem histórias cômicas. "Passou a paixão pelo Paysandu. Podia faltar qualquer coisa em casa, no Paysandu, não!", lembra Sônia, que não assiste a jogos do clube. Prefere observar o comportamento dos torcedores. 

"Quando tem fogos, sei que estamos ganhando. Fico nervosa na frente da TV", Sônia Gluck Paul.

Para a mãe, Ricardo é um profissional criativo. "Ele revolucionou a área em que trabalhamos (numa universidade). Tem uma liderança visionária. Não foi surpresa a criação desses projetos (que aproximam a torcida). Eu acredito no trabalho dele, sempre teve muito entusiasmo". 

Para manter o relacionamento saudável, mãe e filho acordaram para evitar as redes sociais. E o sonho de ambos é simples. "Seria dizer que, no final, 'tá' tudo bem. Mãe, tá tudo bem", diz Ricardo. "É isso mesmo. Acalmo sempre ele. Conheço todos os três os meus filhos. Eles mexem comigo".  

image Remismo aflorado na família de Norma Osório (Akira Onuma / O Liberal)

"Tive um papo com lá de cima (Deus). Eu pedi que o Fábio (Bentes) pudesse ajudar o Remo. Se ele (Fábio Bentes) não pudesse ajudar, que não fosse ele o presidente (do Remo)". Assim, colocando um sentimento intitulado remismo acima, e com lágrimas nos olhos, Norma Osório se refere a eleição do filho, Fábio Bentes, ao cargo de presidente do Clube do Remo. 

Na época do pleito azulino, em que a vitória da chapa encabeçada por Fábio Bentes foi surpreendente, Norma recebia, no seu apartamento, correligionários e apoiadores do filho. Não exatamente para debater o futuro do Remo. Não com ela. "Fazia sanduíche para todos", diverte-se. A atitude reflete uma mãe preocupada com a realização de um sonho do filho. 

"Eu sempre soube que ele queria ser presidente do Remo. Era um objetivo, um sonho dele. Então, ajudei", Norma Osório. 

Ela não precisa de muitas palavras. À dedicação integral aos filhos - além de Fábio, tem o irmão Gustavo Bentes, soma-se as seguintes características: atitude, observação e apoio. Tudo isso dobrado, pois Fábio mora com a mãe. "Tem uma cobrança em casa. Eu as vezes leio algumas coisas em redes sociais. Ligo pra ele perguntando se é verdade, o que ele vai fazer", disse. E como uma boa mãe, Norma é experiente e filtra, evitando o que é desnecessário. Até para não tumultuar mais a agenda do presidente. Tanto é que sobre as críticas exageradas direcionados ao filho, comuns para um dos cargos mais pressionados do cenário paraense, Norma é direta. "Não ligo muito para baixarias".

image A emoção tomou conta de Norma Osório (Akira Onuma)

Como boa observadora, a mãe enumera as qualidades do filho, que se assemelham a dela. "Ele é racional. Ouve muitas pessoas. Conversa. E acho que ele é iluminado. Fiquei orgulhosa com a ideia da reabertura do Baenão. Não só isso. Ele racionaliza os custos". A nota para a gestão do filho é 8. "Dá pra passar de ano, né mãe?", brinca Fábio. No lado pessoal, Norma cobra. Continua cobrando como uma mãe legítima, preocupada com o futuro e a saúde do filho. "Ele precisa de um tempinho mais para família"

REFERÊNCIA

Fábio Bentes diz que teve uma educação baseada em diretrizes como verdade e transparência. E portanto, busca implantar no Remo. Méritos da mãe: Norma Osório. "Eu me considero um cara correto, honesto, simples, me esforço para ser assim. E isso é muito baseado na minha criação. Não tenho dúvidas que ela é responsável por isso, ela me deu valores". O acesso à Série B é um presente ideal para uma mãe, que quer ver o filho feliz e o clube de volta a um cenário importante do futebol nacional. "Queremos a Série B. Já tivemos o título (do Parazão). Mas queremos agora o acesso", pede Norma. O filho vai se virar para atender o desejo da mãe...   

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