Esquema de segurança para clássico Re-Pa é montado; saiba detalhes

Considerado o Re-Pa do século, com expectativa de público em 35 mil no estádio Mangueirão, o clássico deste domingo (25) terá um efetivo de mil policiais, segundo informações repassadas pelo presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul, durante a entrevista ao 'Geral na Live' de O Liberal.com. Inclusive, nesta quinta-feira (22), foi realizada uma reunião preparatória com a presença de instituições envolvidas no jogo, entre elas, Secretaria de Estado e Segurança Pública, Secretaria de Esporte e Lazer, Federação Paraense de Futebol, Ministério Público, além de representantes de Paysandu e Remo. 

Pelo Paysandu, Ricardo Gluck Paul esteve presente. Gluck Paul ainda informou detalhes da estratégia de segurança. "Mil policiais, sendo que 70% dentro e no entorno do estádio e 30% em unidades móveis", frisou. Pelo lado azulino, o vice-presidente Cláudio Jorge foi o representante.   

Os dois clubes irão contar com aproximadamente 300 seguranças particulares. "Estou confiante, inclusive, isso (referindo-se a tumultos) deixou de ser um grande problema", opinou Gluck Paul. Ele fez uma solicitação ao torcedor bicolor. "Peço que o nosso torcedor vá cedo. Tente entrar no estádio o mais rápido possível. não há como atender uma demanda grande cinco minutos antes do jogo. Tenho certeza que será seguro". 

O presidente do Remo, Fábio Bentes, elogiou o grupo de trabalho, que é liderado pela Segup. "Envolve todos os órgãos e isso tem sido interessante. Há uma construção de melhorias", frisou Bentes. 

Segup 

A Secretaria de Estado e Segurança Pública informou que mais de 1.700 agentes de segurança pública e privada estarão envolvidas no esquema de segurança para o jogo. Todo o trabalho operacional foi definido durante reunião, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (22). "Estamos trabalhando para proporcionar segurança desde a chegada ao estádio até a saída e deslocamento", afirmou o secretário adjunto de operações da Segup, Rômulo Rodovalho.
Ao todo, 12.600 ingressos serão comercializados pelo time mandante que é o Paysandu - sendo 3.000 ingressos disponibilizados para o Sócio Bicolor e 500 gratuidades. O Remo vai comercializar 11.500 ingressos, sendo 4.000 destinados para a Nação Azul e 2.000 gratuidades.

No dia do jogo os torcedores do Paysandu deverão entrar pelo lado B do estádio e os do Remo pelo lado A. O público deve atentar para o portão indicado no bilhete, pois o acesso só será possível pelo portão indicado no ingresso. A atenção também deve ser redobrada no momento da compra do ticket de estacionamento, para identificar se corresponde com o portão de entrada do bilhete.
Trânsito
Com vistas a fluidez do trânsito, será adotada a inversão de fluxo da Avenida Mangueirão. A partir das 15h, a via que é de mão dupla passará para mão única no sentido do Mangueirão, para quem vem pela Avenida Centenário. A partir das 19h o fluxo será invertido, passando a mão única para sentido da Av. Centenário, saindo do estádio.

Projeto 

Além do poder executivo, a organização do Re-Pa também engloba o poder judiciário. Entre eles, o projeto Esporte com Justiça, que funciona desde 2013, da Coordenadoria dos juizados Especiais do Tribunal de Justiça do Pará, presente em grandes eventos esportivos. O projeto tem como finalidade a pacificação de eventos, e consiste em julgar as denúncias imediatamente, que provém da prática de situações penais de menor complexidade, como tumulto ou cambismo, previstas no Estatuto do Torcedor e compatíveis com a Lei dos Juizados Especiais. A maioria delas resulta em transação penal, nas quais o juiz aplica medidas alternativas (prestação de serviços comunitários, pagamento de cestas básicas ou não comparecimento do torcedor a estádios). Já foram registradas 91 ocorrências nos estádios, em 206 jogos.

O ano de 2019, no entanto, registrou apenas cinco ocorrências em 26 jogos. Segundo o Tribunal de Justiça do Pará, o número reduzido de ocorrências expressa o caráter inibitório do projeto, que atua em eventos em que há grande concentração popular.

Julgamento

Coincidentemente, nesta quinta-feira (22), o Fórum Criminal no bairro da Cidade Velha, em Belém, sedia um julgamento em que torcedores do Paysandu são acusados de matar chefe de torcida organizada do Remo. O crime ocorreu em 2012.  A acusação apontou que torcedores do Paysandu abordaram um veículo com torcedores do Remo e atiraram contra as vítimas.