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Envolvido em polêmicas, futebol de base paraense enfrenta ano complicado

Torneios sub-15, sub-17 e sub-20 estiveram sub-judice

Andre Gomes

O ano do futebol de base paraense não foi dos melhores em termos extra-campo e até mesmo dentro dos gramados, as polêmicas não deram sossego. Processos, competições voltando a fases anteriores, agressões a árbitros, tudo isso e muito mais esteve presente no cardápio dos torneios das categorias inferiores.

Em julho, o Carajás conquistou o bicampeonato paraense sub-17 em cima do Remo. Mas a Desportiva Paraense teve sucesso ao recorrer contra a exclusão da equipe no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD/PA) e após uma nova fase final, a Desportiva se sagrou campeã. Em entrevista à Redação Integrada de O Liberal, o ex-presidente do Paysandu e atual mandatário do Carajás, Luiz Omar Pinheiro, falou sobre a situação da base.

"Esse ano foi um ano negro do futebol paraense. Para fechar com chave de ouro, teve violência aos membros da arbitragem, na partida Paysandu x Carajás, na Curuzu. A competição esteve sub-judice, o sub-17 teve final, foram aos tribunais, volta tudo, deixam o campeonato correr e modificam novamente. No feminino, foram várias partidas de WO, sem estrutura para jogos", comentou.

UMA LUZ?

Em setembro deste ano, o Ministério Público (MP), via Juizado Especial da Infância e Adolescência, suspendeu os campeonatos sub-15 e sub-20. O órgão exigia o cumprimento das leis de amparo a menores de idade durante jogos e treinos. Além de cobrar a presença de médico, enfermeiro, massagista, ambulância e vigilância sanitária nas partidas.

Agora, após os acontecimentos de 2019 nas categorias de base, o MP e o Ministério Público do Trabalho (MPT/PA) devem aumentar a fiscalização, como o próprio vice-presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Maurício Bororó, confirmou à reportagem.

"Nós somos solidários aos clubes, mas ambos os órgãos estão fazendo a fiscalização que acham necessária e não podemos nos pronunciar ou intervir nisto. São os clubes que devem se adequar, pois o MP e MPT estão apenas cumprindo a lei. Tivemos conversas com o MPT e, apesar das dificuldades que os clubes de base enfrentam, com dirigentes tirando dinheiro do próprio bolso, tenho certeza que os clubes vão se adequar", disse Bororó.

"Agora, nâo irão jogar clubes sem alojamento, com jogadores que não estejam estudando, que tenham jogos sem médico e ambulância. Que os atletas com mais de 18 anos não joguem sem contrato profissional. Poucos irão se enquadrar e a tendência é que a competição melhore", opinou Luiz.

A reportagem de O Liberal não conseguiu entrar em contato com o MPT. Já o MP, apesar de admitir a possibilidade de interferência em casos de falta de segurança ou estrutura para as partidas, não respondeu aos questionamentos até o fim da reportagem.

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