A trajetória inglória do futebol paraense nos últimos 14 anos

Carlos Ferreira
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Pará em trajetória inglória há 14 anos

Em 2005, o Remo conquistou o título da Série C e o Paysandu teve sua última temporada na Série A. Desde então, as maiores conquistas do futebol paraense foram os acessos do Paysandu à Série B em 2014 e do Remo à Série C em 2015. A rigor, trajetória inglória nos últimos 14 anos. Nesse período, o Remo contratou 438 jogadores e outros 123 profissionais para a comissão técnica. O Paysandu 508 atletas e outros 143 profissionais para a comissão técnica. Alguns milhões de reais investidos em cima de expectativas que não foram correspondidas. Pelo contrário, nesses últimos 14 anos o Papão teve três rebaixamentos (2006, 2013 e 2018) e o Remo dois (2007 e 2008), mas passou sete anos no limbo da Série D ou até sem série nenhuma. 

 

Sinais de redenção 

Não há como negar o avanço organizacional de gestão do Paysandu e os claros sinais de que o Remo está desatolando. Nesta Série C os dois dão sinais de redenção, enquanto Bragantino e São Raimundo alimentam sonho de subir à Série B. O ano de 2019 vai dando perspectivas de conquistas cujo sabor até já esquecemos, depois das distantes glórias do Paysandu Campeão dos Campeões e sensação da Libertadores, ou do Remo brilhante na Copa João Havelange (2000) e na Série B de 2003, quando quase subiu à elite. Nesta Série C, vemos a alternância de sentimentos de azulinos e bicolores, um dia empolgados, outro dia angustiados... temos motivos para acreditar na volta à Série B de um, do outro ou, sendo muito otimista, até dos dois. 

 

BAIXINHAS

* Nos encantamos com o Joinville em 2015, quando subiu à Série A ao conquistar três acessos em quatro anos. O clube chegou a ser contemplado com o Prêmio Pluri de eficiência na gestão do futebol. Mas todo aquele sucesso era bancado por um mecenas, Nereu Martinelli. Bastou ele se afastar e o Joinville desabou com o seu “castelo de areia” e está de volta à vala da Série D, gravemente endividado.

* As homenagens agora são ao CSA, que cumpriu a mesma trajetória do Joinville e também tem o seu mecenas, Rafael Tenório. O tempo vai dizer se é ou não é outro “castelo de areia”. No fim do anos 90 e início dos anos 2000, o clube em foco era o São Caetano, também por conta de um grande suporte financeiro externo, que hoje não tem mais.

* Um perfeito contraponto é a Chapecoense, que cresce e anda com as próprias pernas, como também são os casos do Ceará, Fortaleza, Avaí, América Mineiro.... O Figueirense andou por outro caminho, instituindo sua empresa de futebol e se abrindo ao capital de investidores. Se deu mal porque o grupo parceiro não honrou os compromissos. 

* O propósito da coluna com esse cenário de mercado é posicionar Paysandu e Remo como clubes viáveis que estão descobrindo caminhos, sem mecenas e nenhuma outra grande parceria.

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