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Trabalhadores de aplicativos param e fazem buzinaço hoje pelas ruas de Belém

Eles estavam concentrados desde o fim da manhã na Doca de Souza Franco: pedem melhores condições de trabalho e remuneração

Bruna Lima e Thiago Gomes
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Motoqueiros e ciclistas que trabalham com aplicativos de entrega de refeições se reuniram na Doca de Souza Franco, no fim da manhã desta quarta (1), e percorreram a capital num buzinaço, em manifestação que pediu melhorias nas condições de trabalho informal e autônomo, mantidas pelas empresas que atuam através de tecnologias de aplicativos de entregas. O ato se dirigiu ao Palácio de Despachos, do governo do Estado, onde se encerrou às 13h15. Veja:

A manifestação fez parte de uma paralisação de atividades desses trabalhadores, convocada nacionalmente para essa quarta-feira. Segundo a categoria, de 9h às 13h o atendimento por delivery ficou parado no mundo inteiro. Entre as pautas estavam as condições de segurança para a atuação nas ruas e também os prazos e valores praticados em pagamentos realizados para o cumprimento do trabalho. 

image Policiais tentaram dispersar manifestação frente regras na pandemia (Thiago Gomes / O Liberal)

Belém teve adesão mais tímida


Em Belém, a programação foi mais tímida que em outras capitais. Por volta das 12h30 muitos participantes já tinham dispersado, após reunirem por volta das 11h30 na Doca de Souza Franco e em outros dois pontos da capital.

Em Nazaré, policiais chegaram a efetuar orientações junto aos motociclistas, para que a aglomeração não fosse mantida, mesmo que em motos - já que as regras estaduais de enfrentamento ao coronavírus ainda proíbem manifestações e carreatas. O mesmo aconteceu na Curuzu, no Marco. 

As motos se dirigiram em grupos distintos, com números reduzidos de condutores, para um encerramento do ato, inicialmente previsto para o Mercado de São Brás. Porém, depois os participantes decidiram terminar a manifestação apenas em frente do Palácio dos Despachos, sede do governo do Estado.

Os trabalhadores seguiram para a sede do governo em três frentes de movimentação pelas ruas de Belém. As mobilizações foram feitas depois de atos realizados em frente a centros comerciais no bairro Castanheira, na Vileta e também na Doca de Souza Franco.

Trabalhadores querem repasses integrais 


"Hoje é um dia mundial de mobilização dos trabalhadores de aplicativos. O delivery está parado no mundo. Na Região Metropolitana de Belém, éramos 13 mil trabalhadores antes da pandemia. Hoje sá somos 15 mil. Muitos migraram e hoje estamos com grande índice de pessoas no mercado. Qualquer um baixa hoje o aplicativo e está atuando na rua, sem nenhum aperfeiçoamento, o que gera riscos e acidentes", diz Alessandro Félix, presidente da Federação dos Mototaxistas e Motobois do Estado do Pará (Fenamoto). Ouça:

"Não queremos desrespeitar o decreto da pandemia. Queremos é chamar a atenção da sociedade. Que o cidadão que pede uma pizza se preocupe. Você paga dez reais e a empresa só repassa metade, muito tempo depois. Queremos que as plataformas paguem o que o cidadão está pagando pela entrega", disse o representante da Fenamoto. Ele detalhou como ocorreu o protesto e também as dificuldades de repasses e remuneração pelas corridas. Ouça:

Os serviços mantidos com a ajuda desses profissionais se tornaram vitais frente às peculiaridades impostas pela rotina da pandemia da covid-19 em todo o mundo, com reflexos também no Brasil.

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