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Preço do feijão caiu mais de 17% em abril

Uma das feiras de Belém vende o produto a R$ 5, sendo que custava R$ 14 em janeiro

Elisa Vaz
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Uma pesquisa divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que o preço do quilo do feijão nos comércios da grande Belém sofreu uma queda de 17,45% em abril, primeiro reajuste negativo verificado no ano. A média passou de R$ 8,25 para R$ 6,81 no período.

Na contramão do viés observado em abril, ainda de acordo com os estudos, o quilo do alimento registrou alta acumulada de 110% ao longo dos quatro primeiros meses deste ano, contra inflação de 2,29%. Isso porque, em janeiro deste ano, o feijão custava R$ 4,31. Já nos últimos 12 meses, a alta acumulada alcançou 137,28%, contra uma inflação de 5,07% - o alimento era vendido a R$ 2,87. As informações sobre a inflação são do Índice Nacional de Preços ao consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítica (IBGE).

Em uma feira da capital paraense, localizada na avenida Rômulo Maiorana, o cenário é o mesmo. O vendedor Ladanias Marques disse que, no início deste ano, chegou a vender um quilo de feijão por R$ 14, e agora o preço é R$ 5, em média. Mesmo com o valor alto, ele disse que não faltava cliente, porque nos supermercados os itens são ainda mais caros. "Os valores sempre ficam mais altos nos primeiros meses do ano, especialmente em janeiro, por conta da safra. Quando a produção não é boa o produto fica mais caro mesmo. Mas a safra de agora está excelente", comentou o comerciante.

A empresária Zélia Sabino, de 42 anos, notou as quedas recorrentes no feijão. Mas, como ela compra em supermercados, disse que o preço mais baixo que encontrou foi R$ 8. "Eu já percebi que está mais barato, mas é preciso buscar o melhor lugar. Tem que andar muito para achar preços bons, e mesmo assim não são iguais aos das feiras. Por falta de tempo, acabo comprando mais caro para não precisar me locomover muito", contou a consumidora.

Já a aposentada Nilce Braga, de 62 anos, apesar de achar o feijão mais barato agora, disse que a diferença não foi muito grande. "Continua caro para o salário baixo que nós recebemos, a alimentação custa muito caro. Mas, sigo com esperanças de que os preços ficarão melhores", adiantou. O vendedor Marques mencionou, ainda, que a expectativa é de que o feijão fique ainda mais barato nas próximas semanas. "Tá caindo, mas não faz muito tempo. Caiu mais durante essa semana, e no restante de maio deve melhorar", opinou. Segundo o vendedor, os preços ficam em baixa, geralmente, até o final do ano.

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Economia
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