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Pratos típicos de junho estão 8,63% mais caros neste ano

Principais reajustes foram nos doces, mas a maniçoba também teve alta

Elisa Vaz/ Redação Integrada de O Liberal
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Nas vésperas do dia de São João, comemorado na próxima segunda-feira (24), os vendedores de comidas típicas de Belém enfrentam uma baixa no movimento de clientes em suas bancas. Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que os preços das refeições que compõem a quadra junina estão 8,62% mais altos na capital paraense.

Os reajustes mais perceptíveis foram nos doces, a exemplo do pudim de cupuaçu (22,08%), bolo de chocolate (16,80%), bolo de tapioca (10,94%), bolo de macaxeira (9,45%) e os mingaus de milho e tapioca (5%). Quanto aos alimentos salgados, a maniçoba teve o maior reajuste (6,71%), seguida do vatapá (4,14%), caruru (3,21%) e tacacá (2,93%).

Pelas ruas do centro comercial de Belém, onde se concentra grande parte dos vendedores, o mês ainda não tem cara de época junina. Mesmo assim, eles alegam que os preços continuam os mesmos. Em uma banca localizada na rua Manoel Barata, próximo à Praça da República, o comerciante Dário Araújo disse que o movimento tem sido “péssimo”, mesmo com a chegada do período de festas e comidas típicas. "Junho está sendo um dos piores meses para mim até agora, e olha que sempre foi uma época boa. Trabalho aqui há 36 anos e nunca enfrentei um movimento tão fraco", contou. Para segurar os clientes, ele ficou impedido de aumentar os preços, porque acredita que os consumidores estão sem dinheiro. Em sua barraca, custam R$ 8 o tacacá, caruru e vatapá, enquanto a maniçoba é vendida a R$ 9.

Outra vendedora, Meriane Rodrigues - a Carioca, que trabalha no completo Ver-o-Peso -, não conseguiu manter todos os valores estáveis e precisou aumentar o preço da maniçoba por conta dos fornecedores. O alimento, que era vendido a R$ 10, agora custa R$ 15. O restante é comercializado a R$ 10, com exceção do pato no tucupi, que custa R$ 40. "Nosso carro-chefe é a maniçoba, mas o pato também é muito vendido. Tem gente que vem da Estação das Docas comer aqui", destacou. Mesmo com o sucesso, ela diz que, neste ano, o movimento junino está muito diferente dos anos anteriores. "Geralmente as pessoas de fora vêm para Belém nas férias, mas dessa vez tá muito fraco", expôs a vendedora.

A acadêmica de Direito Rafaela Farias tem o costume de comprar pratos típicos do mês de junho sempre que tem oportunidade. Na opinião dela, foi possível sentir pequenos aumentos nas vendas de rua. "Nos supermercados e restaurantes, o preço é sempre o mesmo, caro. Só dá para sentir mesmo na rua, porque os valores são mais baixos. Então, quando mudam, a gente percebe", disse. Para economizar na alimentação desse mês de festas, a estudante diz que precisa reduzir a quantidade, comprando menos vezes por semana ou mesmo pedindo porções que vêm pela metade.

De acordo com a pesquisa do Dieese, a maioria dos reajustes ficou acima da inflação estimada em 4,5% para os últimos doze meses. Os mingaus, por exemplo, estão sendo vendidos a uma média de R$ 5,67, variando entre R$ 4 e R$ 9 em diversos locais. Outros doces, como os bolos, custam, aproximadamente, R$ 7,40, mas os preços vão de R$ 5,50 até R$ 11. Já os pratos do caruru e do vatapá são comercializados, em Belém, a R$ 15,10, em média, com preços que variam de R$ 13,50 a R$ 17. O tacacá, por sua vez, pode ser encontrado de R$ 14 a R$ 17 por cuia, sendo que o preço médio é R$ 14,75. Por último, um prato de maniçoba é vendido a uma média de R$ 15,90, mas pode variar entre R$ 13 e R$ 19.

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