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Poupança tem pior junho em três anos e investidores buscam alternativas

Economista paraense explica motivos da perda de atratividade desse investimento e dá dicas

Redação Integrada de O Liberal
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Um levantamento divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Banco Central (BC) apontou que a caderneta de poupança voltou a registrar resultados negativos neste ano. No primeiro semestre, os saques superaram os depósitos na poupança em R$ 14,5 bilhões, que representa uma alta em relação ao mesmo período do ano passado, em que o resultado havia sido positivo, com os depósitos superando os saques em R$ 7,3 bi.

De acordo com a economista paraense Guaraciaba Sarmento, o principal motivo para as retiradas é o ambiente de fraqueza e instabilidade que a economia brasileira enfrenta atualmente, além dos altos índices de desemprego. "Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais ou às dívidas que estão atrasadas. Pensando dessa forma, realmente vale a pena tirar o valor para não se endividar, é uma necessidade", comentou.

No que diz respeito ao mês de junho, o saldo foi positivo - os poupadores depositaram R$ 2,4 bilhões líquidos, sendo que R$ 189,9 bi entraram nas contas e R$ 187,4 bi saíram. Com isso, o saldo total da poupança atingiu R$ 800,6 bilhões, já considerando o rendimento de R$ 2,9 bi creditado no mês. Mesmo assim, esse resultado representa um recuo de 55,7% em relação a junho do ano passado, quando os correntistas tinham depositado R$ 5,6 bilhões a mais do que tinham retirado. Desde junho de 2016, a caderneta não registrava captação tão baixa.

Tesouro direto

Guaraciaba Sarmento deu orientações sobre outras formas de investimento. Segundo ela, apesar do risco mínimo da caderneta, o retorno também é muito baixo. "Quem acredita que o dinheiro deve aumentar, render por si só, não deve aplicar na poupança, não é o indicado. Existem outras possibilidades, como o tesouro direto, os fundos de renda fixa ou variável, os fundos imobiliários, as ações na bolsa de valores e outras formas", orientou.

Segundo especialistas do mercado financeiro, a rentabilidade da aplicação é baixa em relação a outras opções disponíveis. Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está próxima de zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,50% ao ano desde março de 2018.

O acadêmico do curso de Administração Leonardo Oliveira, de 23 anos, disse que já teve o costume de manter o dinheiro guardado na poupança, mas hoje não vê tantas vantagens. "Eu achava que a caderneta era a melhor forma de poupar, mas se o seu dinheiro fica parado muito tempo lá você até perde poder aquisitivo. Apesar de render, pode ficar abaixo da inflação, ou seja, não vale mais o que valia antes e você perdeu dinheiro", opinou.

Atualmente, a opção do estudante é investir em tesouro direto. "Criei uma conta em uma empresa de investimentos e me auxiliaram sobre as melhores formas de investir. Essa foi a que achei mais próxima do meu perfil, sou conservador, não estou disposto a perder dinheiro em investimentos, então escolhi o mais seguro. Você empresta dinheiro para o governo, então o retorno é certo", disse Leonardo.

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Economia
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