Perda de anunciantes pode afetar imagem do Facebook

O movimento pede explicações a respeito da disseminação de discursos de ódio nas redes sociais

Agencia Estado
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A Ford, a Microsoft e a varejista BestBuy se juntaram ontem a um grupo de grandes corporações que decidiu suspender seus anúncios no Facebook e no Instagram. Com isso, ganha força o movimento que pede explicações a respeito da disseminação de discursos de ódio nas redes sociais.

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Para analistas, o movimento, que já tem a adesão de nomes como Unilever, Coca-Cola e Verizon, ainda tem pouco impacto nas finanças da companhia de Zuckerberg, mas poderá afetar dramaticamente sua imagem num futuro próximo. Ontem, as ações do Facebook tiveram alta de 2,11%, recuperando parte das perdas da última sexta-feira, quando os papéis da empresa tiveram queda de 8%.

Na tarde de ontem, Best Buy e Ford anunciaram que decidiram suspender durante um mês a veiculação de anúncios no Facebook dentro do território americano. Já o portal Axios, especializado em tecnologia, divulgou que a Microsoft decidiu pela suspensão após ter acesso a documentos internos da empresa. No final de semana, empresas como Starbucks e a fabricante de bebidas Diageo anunciaram postura semelhante. Além disso, a GM disse que vai "rever" suas posturas de marketing.

Por enquanto, o impacto financeiro do boicote ao Facebook ainda é pequeno - estimativa da agência Bloomberg mostra que, caso 25 dos 100 maiores anunciantes da empresa suspendam campanhas, o impacto será de US$ 250 milhões no 3º trimestre. É uma quantia considerável, mas ainda pequena ao se considerar que o Facebook faturou US$ 17,7 bilhões no primeiro trimestre de 2020.

Mas, para analistas, o efeito de eco dos anúncios poderá afetar a empresa. "Dada a quantidade de ruído após o posicionamento da empresa, haverá impacto no negócio", disse Bradley Gastwirth, da corretora Wedbush Securities, em nota. "O Facebook precisa cuidar desse assunto antes de entrar numa espiral fora de controle."

Para Mark Shmulik, da consultoria Bernstein Securities, o ambiente atual, após as manifestações antirracismo, tem um comportamento diferente: "marcas que não se engajam no boicote podem soar cúmplices a essas posturas", afirmou em nota.

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