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Pensões e aposentadorias ganham importância na renda familiar

Em meio a um cenário de envelhecimento da população e mercado de trabalho ainda precário, benefícios cresceram 20,5% em 2018

Agência Estado

As aposentadorias e pensões vêm ganhando importância na renda das famílias nos últimos anos. A contribuição dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, porém, encolheu segundo dados da Pnad Contínua.

Em meio a um cenário de envelhecimento da população e mercado de trabalho ainda precário, as aposentadorias e pensões, que representavam 19,9% da renda domiciliar per capita em 2017, aumentaram sua fatia para 20,5% em 2018.

"Teve valorização do salário mínimo. A maioria dos aposentados recebe de um a dois salários mínimos. Isso contribui. Tem o peso demográfico, tem um quantitativo de pessoas a mais se aposentando, e tem o próprio processo de valorização monetária do benefício", avaliou Adriana Araújo Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Antes da crise no mercado de trabalho, em 2014, as aposentadorias e pensões representam uma fatia menor da renda per capita das famílias, 18,3%.

No ano passado, 14,6% dos brasileiros recebiam aposentadoria ou pensão. Esse porcentual chegava a 18,3% na Região Sul e 15,8% no Sudeste.

"A contribuição maior da aposentadoria no Sul e Sudeste está muito relacionada com a estrutura etária dessas duas grandes regiões, que são mais envelhecidas que no Norte e Nordeste", justificou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.

A tendência foi oposta quando se trata da participação em programas de transferências de renda. O porcentual de famílias que recebem Bolsa Família caiu em sete anos. Passou de 15,9% dos lares brasileiros em 2012 para 13,7% em 2018.

"Em 2017, teve aquele processo de corte, de recadastramento das famílias, teve queda forte no total de domicílios beneficiados. Mas, em 2018, alguns deles voltaram a receber", apontou Maria Lucia.

Os brasileiros que ainda eram beneficiários do Bolsa Família no ano passado tinham renda domiciliar per capita de R$ 341. Quase 30% (28,3%) das famílias contempladas não tinham abastecimento de água de rede geral. Já 62,4% não moravam em lares com esgotamento sanitário nem fossa séptica. A pesquisa constatou também que 24,3% não eram servidas com coleta de lixo; 69,8% não tinham máquina de lavar roupa; e 86,7% não possuíam microcomputador.

"Como a renda per capita é mais baixa entre essas famílias, era natural esperar que o acesso a esses serviços fosse mais precário nos domicílios que recebem o Bolsa Família", avaliou Maria Lucia Vieira.

Na Região Norte, um em cada quatro domicílios (25,4% dos lares) recebe Bolsa Família. A Região Nordeste tinha a maior proporção de domicílios que recebiam o benefício, 28,2%, apesar da tendência de queda ao longo dos últimos anos.

O Maranhão foi o Estado com maior proporção de lares beneficiados pelo Bolsa Família, 37,4%, seguido pelo Piauí, com 33,8%. No outro extremo, Santa Catarina tinha apenas 2,5% dos domicílios no programa.

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Economia
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