Mesmo com inflação nula, alguns produtos subiram na RMB

Setor de alimento tem altas, como o açaí, que subiu pouco mais de 10%

Thiago Vilarins - Sucursal de Brasília
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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no País, apontou variação nula (0,0%) na Região Metropolitana de Belém (RMB) em novembro.

No mês anterior, a inflação da Grande Belém havia acelerado 0,54%. Esse é o menor resultado para o mês de novembro desde 2016, quando foi registrada deflação de 0,14%. Em novembro do ano passado o IPCA foi de 0,05%. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a estabilidade mensal, o índice acumulado no ano da RMB se mantém em 2,51% em novembro. A taxa acumulada continua bem superior a do ano passado no mesmo período: 1,31%. Já no acumulado de 12 meses, o índice caiu de 2,38% em outubro para 2,33% em novembro - ante 1,52% do mesmo período do ano passado.

Em todo o País, o IPCA variou -0,21% em novembro. Este resultado foi o menor desde junho de 2017, quando o IPCA ficou em -0,23%. Para um mês de novembro, foi a menor taxa desde a implantação do Plano Real, em 1994. O acumulado no ano ficou em 3,59%, acima dos 2,50% registrados em igual período de 2017. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,05%, abaixo dos 4,56% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2017, a taxa atingiu 0,28%.

Apesar de nulo, o índice inflacionário da RMB, apurado entre 27 de outubro a 28 de novembro de 2018, foi o segundo maior dentre as 16 regiões pesquisadas. Apenas Goiânia registrou variação positiva: 0,12%. Já as principais deflações foram anotadas em Brasília (-0,43%) e Porto Alegre (-0,42%). Nas análises acumuladas, a RMB tem uma das menores variações, apenas atrás de Aracaju, com taxa de 1,95% nos dois períodos. Já Porto Alegre desponta com os maiores índices, com variação de 4,35% no ano e de 4,63% nos 12 meses.

Grupos

No geral, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados na Grande Belém apresentaram aumento de preços em novembro, inclusive o de Alimentação e Bebidas, que representa o maior peso no bolso dos consumidores belenenses (32,95%). O grupo teve alta de 0,52%, repetindo o desempenho do mês de outubro (0,75%), que interrompeu o ritmo de baixa dos três meses anteriores (-0,51%, -0,96% e -0,47%).

Ainda de acordo com a pesquisa, também aumentou consideravelmente o custo de se alimentar em casa na RMB: 0,71%. Em compensação, os preços da alimentação fora do domicílio voltaram a registrar deflação de 0,10%. Entre janeiro e novembro desse ano, a variação da alimentação em casa já é de 0,60% e a fora do domicílio, de 1,11%.

Estão nesse grupo, nove dos dez itens que mais aumentaram o preço no último mês. É o caso do tomate, que aumentou 31,64%. Ainda aparecem a cebola (19,31%), o abacate (19,19%), a batata-inglesa (11,02%), o açaí (10,01%), o limão (5,25%), o repolho (4,15%), a carne-seca e de sol (3,97%) e o pão doce (3,96%). Na outra ponta, os produtos desse grupo que mais reduziram os valores, foram a uva (-5,86%), o mamão (-5,03%), o chão de dentro (-4,19%) e o filé mignon (-3,82%).

Completam os grupos que apresentaram alta em novembro: Despesas pessoais (0,53%), Artigos de residência (0,19%), Vestuário (0,04%) e Comunicação (0,01%). Já os que mais aliviaram o bolso do consumidor belenense são os de Saúde e cuidados pessoais (-1,33%), Transportes (-0,45%), Educação (-0,25%) e Habitação (-0,06%).

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