Ibovespa fecha no vermelho pressionado por Vale, bancos e Petrobras
Bolsa encerra em baixa de 0,98 por cento, a 94.412,91 pontos
A Bovespa fechou no vermelho nesta segunda-feira (11), sucumbindo à pressão das ações de Vale, de bancos e da Petrobras em meio à ausência de novidades em torno da reforma da Previdência e ao sentimento de cautela que permeava as negociações no exterior.
Referência da bolsa paulista, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,98 por cento, a 94.412,91 pontos, após ter caído 1,68 por cento no pior momento. O giro financeiro da sessão somou 12,49 bilhões de reais.
O indicador fechou no vermelho em três dos cinco pregões da semana passada, recuando 2,57 por cento no período, após uma sequência de seis semanas de alta, em movimento de correção após renovar máximas recordes repetidamente em janeiro.
Operadores de renda variável avaliam que a bolsa paulista carece de gatilhos no curto prazo para engatar um movimento de alta, dado que o avanço das reformas econômicas, sobretudo a da Previdência, depende da recuperação de Jair Bolsonaro.
"Não tem fato novo porque toda a expectativa de melhora (da economia) está atrelada à Previdência na verdade... O mercado fica sem força com ausência de notícias novas e, nesse compasso de espera, muita gente acaba realizando um pouco de lucro", explicou Ari Santos, da H.Commcor.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse acreditar que o presidente esteja de volta a Brasília até sexta-feira para tomar "decisões finais" sobre a proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso. Mais tarde, o porta-voz da presidência ressaltou que ainda não há previsão de alta do hospital.
Enquanto não surgem novidades no front político ou nas articulações em torno das reformas, investidores dividem as atenções entre o noticiário externo e os balanços corporativos.
Para o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira, a temporada de resultados ainda não exerce grande influência sobre o mercado doméstico em função do espaçamento maior do cronograma de balanços, até o fim de março.
No exterior, as bolsas norte-americanas perdiam fôlego perto do final dos negócios, conforme prevalecia em Wall Street um sentimento de cautela diante das negociações comerciais entre China e Estados Unidos e a possibilidade de nova paralisação do governo devido ao impasse envolvendo o orçamento.
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