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Desemprego atinge 102 mil pessoas apenas em Belém

Em comparação com o último trimestre do ano passado, número aumentou quase 19%

Roberta Paraense

A marca de desempregados em Belém bateu a casa dos 102 mil pessoas entre os meses de janeiro e março de 2020. Em relação ao último trimestre do ano passado, esse número aumentou quase 19% no que se refere às pessoas sem nenhum tipo de ocupação ou renda na cidade. A previsão dos especialistas é de que, com a retração econômica devido à crise provocada pelo novo coronavírus, os índices de pessoas sem ocupação na capital paraense aumentem ainda mais nos próximos meses.

Em outubro, novembro e dezembro de 2019, a capital do Estado registrava quase 86 mil desempregados, ou seja, houve um salto de 16 mil belenenses sem qualquer tipo de renda na cidade nos três primeiros meses deste ano neste ano.

Os dados foram publicados na manhã desta segunda-feira (25), como parte de um levantamento feito Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa a força de trabalho, envolvendo o tipo de ocupação e desocupação em todo o país. Os índices de desemprego na capital paraense também foram apreciados pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Economia (Secon). 

De acordo com o novo material do Dieese, do primeiro trimestre deste ano, em comparação com os dados do último trimestre do ano passado, as amostras do desemprego apontam um recuo de 1,6% na quantidade de pessoas ocupadas em Belém. “No final do ano passado, tínhamos o registro de 687 mil pessoas ocupadas na capital, agora, nos três primeiros meses deste ano, são cerca de 676 mil”, explicou o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena.

O especialista garante que, devido ao cenário de retração econômica, esse número tente aumentar. “As pessoas estão perdendo a renda. As lojas fecharam, os shoppings, as empresas também, por isso, a tendência é que o número de pessoas desempregadas aumente. Porém, ainda não temos um número para apontar”, disse Roberto Sena.

Dados do Ministério da Economia mostram que 29.908 pessoas já recorreram ao seguro-desemprego durante a pandemia do novo coronavírus no Pará. Esses números são reflexos dos meses de março, abril e a primeira quinzena de maio. Em média, foram cerca de 400 requerimentos de seguro-desemprego por dia no Estado. Os índices fazem parte de um levantamento feito pelo O Liberal, com base nos números da pasta.

Homens têm mais espaço no mercado

Quanto ao gênero, o estudo do Dieese mostra que, do total das 676 mil pessoas ocupadas em Belém no primeiro trimestre deste ano, cerca de 365 mil eram homens, ou seja, o equivalente a 53,9% do total de belenenses no mercado de trabalho. Já as mulheres ocupam 321 postos de empregos na capital paraense. Vale lembrar que o estudo leva em consideração as pessoas a partir de 14 anos de idade que estão atuando de alguma forma no mercado.

Do total de pessoas ocupadas na cidade nos primeiros meses deste ano, cerca de 404 mil estão na condição de empregado com carteira de trabalho ou algum tipo de contrato. Esse número corresponde a 59% do universo de 676 mil. No entanto, as pessoas que trabalham por conta própria, ou seja, que têm uma renda mesmo sem vínculos trabalhistas, é de 229 mil, o equivalente a 33,8%. Já na condição de empregador, são aproximadamente 28 mil pessoas, ou seja, 4,2% do montante que mantém renda em Belém.

Belém é segunda capital com mais desemprego do Norte

Na região norte, Belém ocupou a segunda colocação na lista do desemprego no primeiro trimestre deste ano. Quem liderou o ranking foi a capital do Amazonas, Manaus, com 216 mil pessoas sem qualquer tipo de renda. O terceiro lugar foi ocupado por Macapá, no Amapá, com 43 mil desempregados em 2029. A retração do desemprego colocou Porto Velho, em Rondônia, em quarto lugar, com o total de 34 mil pessoas desocupadas/desempregadas. 

Ainda segundo a análise do Dieese, o número de desemprego em Rio Branco, no Acre foi de 27 mil. Já em Boa Vista, em Roraima, o total de pessoas sem emprego é de 32 mil. A capital Palmas, no Tocantins, foi a que que teve menor índice de desemprego durante os primeiros três meses do ano, com 15 mil desocupados.

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Economia
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