Compras de Natal em Belém devem crescer de 5% a 8%

Liberação do FGTS e 13º salário são fatores que devem aumentar as vendas

Abilio Dantas

As vendas do período natalino, em Belém, devem ter aumento entre 5% e 8% neste ano, afirmam a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belém (CDL Belém) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo no Estado do Pará (Fecomércio-PA). Em todo o país, o Natal deve movimentar R$ 60 bilhões na economia, segundo aponta pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). De acordo com CDL Belém e Fecomércio PA, as pessoas devem gastar mais nas festas de fim de ano, pois de janeiro a setembro deste ano foi registrada melhora da economia em índices gerais.

O presidente da CDL Belém, Álvaro Cordoval, afirma que, apesar de mais lento que o esperado, “o crescimento econômico está acontecendo”. “Além disso, com a divulgação do Cadastro Positivo, as pessoas que forem boas pagadoras terão mais chance de consumirem mais, o que pode ser um motor para o crescimento das vendas. Outro ponto que podemos destacar é a contratação de novos empregados, que começam como temporários, mas depois podem se aperfeiçoar, terem destaque e serem efetivados”, detalha.

Sobre os produtos que devem ter a preferência dos consumidores, ainda de acordo com Cordoval, estão os eletrônicos, com destaque para os celulares, que estão “na crista da onda”, segundo ele. “E não podemos nos esquecer dos brinquedos, que sempre estarão em alta também na época do Natal, já que as crianças são um público sempre visado pelas tradições natalinas, como o Papai Noel”, recorda.

A economista e assessora econômica da Fecomércio-PA, Lúcia Cristina de Andrade Lisboa, assegura que a tendência de crescimento nas vendas do Natal, mais do que um discurso otimista do mercado, está baseada em dados gerais da economia nos primeiros nove meses deste ano. “De janeiro a setembro deste ano, segundo o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), 56,5% das famílias pesquisadas afirmaram que devem comprar na mesma faixa de consumo do ano ou gastar ainda mais. E o comércio varejista ampliado, que envolve diversas áreas, apresentou crescimento de 5,1%. O comércio varejista restrito também teve crescimento, de 3,7%. Esses dados é que nos fazem crer que as vendas podem crescer até 8%”, argumenta.

A medida de liberação de parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para a economista, também deve aumentar a capacidade de compra da população. “Ainda que a maioria das pessoas usem o dinheiro para pagar dívidas, quando você sai do endividamento o seu nome fica limpo e você pode conseguir crédito, ter condições de consumir mais”, enfatiza. Lúcia Cristina também lembra que o pagamento do 13º salário irá injetar cerca de R$ 4 bilhões na economia paraense, o que também deve contribuir para o cenário local.

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