Com saldo positivo de US$ 6,09 bi, Pará é líder na balança comercial

Dois municípios paraenses aparecem na lista das cidades que mais exportaram no país: em segundo lugar, Parauapebas, e em quarto, Canaã dos Carajás

Elisa Vaz
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O Pará encerrou o primeiro trimestre deste ano com saldo positivo de US$ 6,09 bilhões na balança comercial, continuando com o primeiro lugar entre todos os estados brasileiros. Apenas nas exportações, o Pará alcançou US$ 6,43 bilhões, o que representa uma variação de 57,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve destaque para dois municípios paraenses na lista das cidades que mais exportaram no país: em segundo lugar, Parauapebas, e em quarto, Canaã dos Carajás.

Mesmo com o resultado positivo, o Estado caiu uma posição no valor exportado, na comparação com outras regiões do Brasil, de segundo para terceiro lugar.

“Nós já estávamos positivos, o país que estava negativo. Mas já esperávamos a queda na exportação, porque sabemos que o início do ano é mais complicado. Muitos contratos estão sendo renovados. Acaba que há uma parada no início do ano, vendo novos clientes. Ficamos em segundo lugar em janeiro e fevereiro, mas normalmente somos o terceiro ou quarto”, afirma a coordenadora do Centro Internacional de Negócios (CIN), Cassandra Lobato.

Os produtos mais exportados pelo Pará entre janeiro e março deste ano foram o minério de ferro (74%), minério de cobre (8,7%) e óxido de alumínio (5,6%). Respectivamente, esses itens tiveram crescimento de 86,8%, 50,79% e 54,89% na comparação com o mesmo período do ano passado. Outro produto que sofreu variação positiva foi o ferroníquel, com 78,15%. Segundo Cassandra, o principal comprador é a China, e os minérios, normalmente, não sofrem oscilação, sempre são destaque na balança comercial.

Dentro dos itens tradicionais, o camarão teve reajuste de 12.000% no primeiro trimestre, ante os três primeiros meses do ano passado, após uma compra isolada feita pelo Japão. A pasta química de madeira cresceu 56,62% no período, e a madeira 4,93%. Já os não tradicionais tiveram a maior quantidade de produtos com variação negativa, com apenas um positivo, entre eles a carne bovina, com queda de 2,45%.

“Isso não deve se manter, deve subir muito rápido, porque acreditamos na renovação. Tem essa questão de contrato, de se reposicionar no mercado, os três primeiros meses são assim mesmo. A vacina chegou, temos esperança de que o segundo semestre venha com muita força e com demanda adormecida”, pontua a especialista.

Quanto às importações, estas totalizaram US$ 334,1 milhões, com variação positiva de 4,7% em relação a 2020. Os principais produtos da pasta, no entanto, fecharam o trimestre com queda: gás óleo (-45,8%), gasolina (-34,5%) e hidróxido de sódio (-16,7%). Na avaliação de Cassandra, o resultado ainda é um resquício da pandemia.

“Ainda estamos em um processo de saída para poder voltar ao que tínhamos antes da crise. Não estamos no cenário ideal. Ainda não tínhamos feito essa comparação com o primeiro trimestre de 2020, que foi quando começou a pandemia. Muitos países sentiram, quem eram nossos parceiros, fornecedores de matéria prima. Mas temos um Estado com perfil do comércio exterior”.

Os blocos econômicos com maior participação na balança comercial foram a Ásia (72,77%), União Europeia (15,82%), América do Norte (3,49%) e Oriente Médio (2,35%).

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