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Cerca 800 lojas já fecharam em Belém desde o início da pandemia

Lojistas, Bares e Restaurantes buscam linhas de crédito especificas e parcelamento de impostos para manter empresas e empregados na pandemia.

Natália Mello

Aproximadamente 800 lojas dentre 9 mil existentes já fecharam em Belém desde o início da pandemia, em março de 2020, quando foi registrado o primeiro caso na capital. Os números foram confirmados pelo Sindicato dos Lojistas de Belém (Sindlojas), um dos integrantes do manifesto online formado por outros sindicatos e associações do comércio e de serviços do Estado que, de forma conjunta com entidades nacionais, exigem do Governo Federal linhas de crédito específicas, parcelamento de impostos e ressarcimento de perdas enquanto o país estiver sofrendo as consequências econômicas provocadas pelo coronavírus.

O site NaoAceitamosFechamentos.com.br foi lançado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) e dezenas de outras organizações para que sejam lançados programas de assistência tanto para as empresas quanto para os empregados. A intenção é garantir estratégias de prefeituras e das gestões estaduais e federais para a manutenção dos empregos nestes setores.

“Apoiamos essa campanha por ser nacional e reconhecermos que a atividade do comércio não é a disseminadora do vírus. Por isso não aceitaremos outro fechamento”, afirmou o presidente do Sindlojas, Joy Colares, acrescentando que, desde o início da pandemia e a reabertura das lojas e shoppings, em junho de 2020, o setor adotou medidas sanitárias e de sensibilização para que fossem cumpridas as regras de distanciamento, limite de circulação, uso de máscara e que todos os estabelecimentos possuíssem um dos principais combatentes do vírus: o álcool em gel.

De acordo com as informações das entidades envolvidas, em razão de mais de quatro meses de fechamentos e das restrições impostas pelas autoridades públicas, no país são 30 milhões de brasileiros desempregados, 15 milhões de empregos ainda dependendo do comércio e há 25% do setor que quebrou e não volta mais. Outro ponto colocado no manifesto é que, mesmo durante o período de suspensão de atividades, os shopping centers e estabelecimentos do comércio e serviços em geral continuaram pagando impostos. "Não é viável viabilizar um negócio com apenas 30% de ocupação. Precisamos funcionar plenamente", afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce.

Em Belém, há 5 shoppings em funcionamento: Parque Shopping, Boulevard Shopping, Shoppings Bosque Grão Pará, Pátio Belém e Castanheira e, segundo estimativa do Sindlojas, a média é de 50 empreendimentos fechados neste período em cada um dos cinco complexos comerciais.

“Acreditamos que nossos funcionários estão expostos à contaminação não na atividade lojista, mas quando se deslocam, no transporte coletivo. Por isso acatamos todas as propostas de horário diferenciado para funcionamento do comércio se for o caso de uma terceira onda, mas não um novo lockdown”, ressaltou Joy, destacando um fato a ser registrado: Belém é a capital do país que ficou menos dias em lockdown.

Para Thiago Fonseca, presidente da Associação dos Lojistas do Boulevard Shopping, (ALBS), que conta com aproximadamente 220 lojas, o manifesto é importante para unir o setor. Como lojista, ele defende a propagação da informação de que os shoppings são lugares seguros, e ressalta que, desde a reabertura, todos os protocolos sanitários foram adotados para controlar os riscos na circulação de pessoas.

“Fizemos uma parceria, todos os shoppings, com o hospital Sírio-Libanês, que, com a ajuda de um infectologista, montou um protocolo com todas as medidas sanitárias que passamos a cumprir para funcionar preservando a saúde e a segurança de colaboradores e clientes. Com a pandemia, nossa vacância registrada foi entre 7 e 9%, até porque aqui fecha um loja e entra outra. Na verdade, nós vemos um risco muito maior em bares, restaurantes, festas clandestinas. Dentro do Boulevard, por exemplo, temos um cuidado enorme com a limpeza dos ares-condicionados”, detalha Thiago.

Assim como Thiago, as associações entendem que a alta no número de internações por Covid-19 tem sido impulsionada por festas e aglomerações clandestinas, além de outros setores que não investiram na criação e manutenção de protocolos de segurança, prejudicando o mercado, a recuperação econômica e impactando a saúde de forma negativa.

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