Produtos de verão aumentam a clientela em até 30% em julho, segundo comerciantes de Belém
Procura por biquínis, boias e acessórios de verão aquece o comércio no centro da capital; lojistas relatam alta desde maio e esperam bom movimento nos fins de semana restantes
As férias escolares de julho continuam sendo sinônimo de boas vendas para o comércio em Belém, especialmente nas lojas que apostam em itens de verão. Entre boias coloridas, baldinhos de praia, óculos de sol e, principalmente, moda praia, a movimentação nas vitrines confirma: julho é um dos meses mais aquecidos do ano para alguns setores do varejo.
Segundo comerciantes de Belém, o fluxo de consumidores aumenta significativamente desde o final de junho, seguindo o padrão de todos os anos, com picos nas duas primeiras semanas de julho. A antecipação do fim das férias escolares, no entanto, preocupa, podendo afetar o desempenho nas próximas semanas.
A vendedora Rubi Souza, que trabalha em uma loja de moda feminina no centro comercial de Belém, explica que o estoque da loja é reforçado especialmente entre os meses de maio e julho, quando há uma crescente procura por biquínis, maiôs e saídas de banho. “Tá uma loucura. A loja fica cheia de novidade. O que o cliente acha bonito, ele leva, sem pestanejar”, afirma.
Rubi conta que, como a loja também atende no atacado, os meses que antecedem julho já são de movimentação intensa. “Desde o começo de maio os clientes já procuram. Mulheres se preparam antes o que vestir nos balneários e nas praias, então o começo do mês sempre é mais forte. Mas a gente ainda espera um bom movimento no fim de julho”, diz.
E todo mundo quer aproveitar a onda. Ela conta que, como a loja também atacadista, percebe uma movimentação grande de clientes de revenda: "E em maio logo, muitas clientes vem garantir o seu biquini e garantir mercadoria pra fazer uma grana extra, por que sabem que é um mês bom de venda nesse ramo".
Além da moda praia, outros produtos sazonais também ganham espaço nas prateleiras. Na Rua Treze de Maio, o vendedor Vinícius Oliveira, de 19 anos, conta que a loja onde trabalha dedica um espaço especial para os chamados “produtos de verão”. “A gente trocou boa parte da gôndula por boia, baldinho, óculos de sol, chapéu, essas coisas de praia. E a procura tem sido muito boa”, conta o vendedor dizendo que o 'carro chefe' da temporada são os baldinhos de areia.
Ainda de acordo com ele, as primeiras semanas do mês de veraneio tem um pico na demanda, mas se mantém regular no fim do mês. "As primeiras semanas são as maiores em venda, mas até o fim de julho a procura se mantém uns 30% mais alta", revela Vinícius.
E para manter o ritmo ao longo do verão, as estratégias de venda impulsionam essas compras. “As promoções também ajudam. A gente tem biquíni a partir de R$18, e isso chama atenção”, diz Rubi.
A expectativa agora é que, mesmo com o fim das férias escolares se aproximando, os dois últimos fins de semana de julho mantenham o ritmo, especialmente com o aumento das encomendas para quem vai aproveitar os dias de sol nas praias da região. “Se fizer sol, o movimento é certo”, resume Vinícius.
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