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Alta do dólar deixa produtos da ceia de Natal mais caros

Quilo do bacalhau do Porto deve chegar a R$ 90, segundo a Associação dos Supermercados

Abílio Dantas

A alta do dólar, que chegou a R$ 4,20 nas últimas semanas, terá influência sobre a tradicional ceia natalina das famílias em Belém. Produtos como bacalhau, nozes e castanha portuguesa devem chegar mais caros para as festas em comparação aos meses anteriores, segundo a Central de Abastecimento do Pará (Ceasa-PA), o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Associação Paraense de Supermercados (Aspas).

De acordo com a Ceasa, de 29 de outubro, quando a moeda norte-americana custou R$ 3,99, até esta terça-feira, 10, quando estava a R$ 4,14, o bacalhau do Porto já passou de R$ 71, o quilo, para R$ 76, o que representa um aumento de 7%. Já o quilo do chamado bacalhau Noruega, que foi vendido a R$ 34, em outubro, passou para R$ 36, configurando um crescimento de 6%.

Em pesquisa realizada no início deste mês nas principais redes de supermercado de Belém, o Dieese identificou que o preço do bacalhau do Porto estava mais caro que o divulgado pela Ceasa: entre R$ 85,90 a R$ 89,90. Já o presidente da Aspas, Jorge Portugal, afirma que o pescado, em média, está custando R$ 90. “É um valor que está mais caro que o normal por conta da alta do dólar. Mas, para quem quer economizar, temos a opção do bacalhau saithe, que está bem mais barato, em torno de R$ 45. Mas também teve aumento, pois antes estava a R$ 35”, informa. 

Na feira da 25, no bairro do Marco, os comerciantes afirmam que ainda aguardam a chegada do bacalhau para a venda, que deve ocorrer a partir da próxima semana. “As pessoas querem o bacalhau por ser tradicional, e pagam um pouco mais caro, se for preciso. Devo vender a R$ 70, o quilo, este ano”, diz Kennedy Bernardo, feirante com mais de 30 anos de experiência. “As pessoas já estão perguntando”, completa.

A pera argentina do tipo danjour, segundo o levantamento da Ceasa, teve aumento de 11%, também entre outubro e dezembro, quando passou de R$ 6,12, o quilo, para R$ 6,82. A pera argentina do tipo red não sofreu variação, permanecendo a R$ 7,40 a mesma quantidade.

Já a uva passa chilena, que são as brancas, passou de R$ 18, o quilo, para R$ 22,80, o que representou um aumento de 26%, no mesmo período pesquisado pela Ceasa. As uvas passas escuras, por outro lado, no estudo do Dieese, apresentou média de R$ 20,10, o quilo, com variação entre R$ 17,90 e R$ 24,50.

Para a Aspas, as uvas passas importadas não devem preocupar o consumidor, pois o Brasil já possui produção do alimento com qualidade. “No Nordeste, no Vale do São Francisco, já temos produção de uva passa, por isso não acredito que seja necessário recorrer a produção importada, caso ela esteja mais cara. Em geral, por conta do dólar, os produtos importados estarão, em média, 15% mais caros”, calcula o presidente Jorge Portugal.

Na Ceasa, as nozes, outro produto tradicional de Natal, estão a R$ 28, o quilo das chilenas e também das americanas. O quilo do figo seco também está a R$ 28, e o da amêndoa chilena, R$ 25.

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