Fátima Bernardes desabafa sobre convidado paraense do Encontro que morreu de coronavírus
O médico psiquiatra Danilo Santos Silva, de 33 anos, não resistiu após contrair a covid-19
Fátima Bernardes homenageou um psiquiatra paraense morto por covid-19. No Encontro desta quarta-feira (13), a apresentação relembrou a participação de Danilo Santos Silva na atração, há cerca de três anos.
O médico morreu no último domingo (10) por complicações do novo coronavírus. "Um dos mortos pelo coronavírus no Brasil esteve aqui no 'Encontro' em agosto de 2017. É o psiquiatra Danilo Santos Silva, que tinha 33 anos. Ele era de Belém, no Pará, e atendia na capital e no interior do Rio de Janeiro", iniciou.
Em seguida, o programa mostrou uma mensagem do paraense para amiga, um dia antes de ser entubado. "Logo na semana que vem já tenho que ir salvar pessoas. Fico olhando aqui desse lado, e só penso que poderia estar do outro, ajudando". A jornalista, então, lamentou a perda: "Muito triste, né?".
Danilo participou do programa para falar sobre racismo. "Quando ele esteve aqui no 'Encontro', veio contar uma história muito triste que tinha vivido. Ele tinha sido vítima de racismo na porta de uma emergência em que trabalhava no Rio de Janeiro", contou ela, depois de falar sobre a origem humilde do paraense, cujo pai trabalhava com vidraçaria e a mãe como diarista.
"Ele chegou para o atendimento, e uma senhora disse que não queria ser atendida por ele, porque era negro. Ele resolveu fazer um boletim de ocorrência, porque disse que tinha uma voz. Quantas pessoas no dia a dia passam por isso, e, como ele mesmo disse, não têm esse poder?", indagou.
O Dr. Danilo Santos Silva deixa o marido, Gilberto, a mãe, Francisca, o pai, Davi, a irmã, Daniele, e a sobrinha, Sofia.
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